Segundo relatório divulgado em 16 de julho, além dos trotes, 217 ligações foram resolvidas com orientação médica por telefone, sem necessidade de envio de ambulância. Outras 5.503 ligações trataram de dúvidas, encaminhamentos e solicitações de informações. Os pedidos efetivos de envio de unidades móveis somaram 10.440 ocorrências.
De acordo com o diretor do Samu estadual, Donato Farias, muitos dos trotes ocorrem pela manhã e durante a madrugada.
“Na maioria das vezes, são crianças pela manhã ou pessoas alcoolizadas na madrugada. Durante a triagem, conseguimos identificar informações vagas e inconsistentes”, afirmou.
O levantamento aponta que 7.019 atendimentos foram feitos com envio de viaturas. As Unidades de Suporte Básico (USB) lideraram os atendimentos, com 4.197 acionamentos (59,8%). As Unidades de Suporte Avançado (USA) foram mobilizadas em 2.474 casos (35,2%). O helicóptero foi acionado 29 vezes, e outros tipos de veículos, 319 vezes.
Apesar das ações educativas, como o projeto Samuzinho — que conscientiza crianças e adolescentes nas escolas sobre o uso correto do serviço —, os trotes ainda representam um problema grave.
Trote é crime
Fazer trote ao Samu é crime previsto no artigo 266 do Código Penal, com pena de até três anos de detenção e multa. No Amapá, a Lei nº 2.089/2016, de autoria da deputada Maria Góes, prevê multa de até um terço do salário mínimo vigente para quem fizer falsas comunicações de ocorrência.