O encontro destacou dois eixos centrais: saúde em zonas de fronteira, com foco na integração entre Amapá e Guiana Francesa, e biodiversidade, abordada em múltiplos aspectos que envolvem florestas, rios, águas interiores e áreas costeiras.
O governador em exercício, Teles Júnior, ressaltou que, apesar dos avanços em áreas como cooperação cultural, segurança pública e produção acadêmica, ainda existem desafios a serem superados, como a facilitação do comércio e do trânsito de pessoas entre os dois países.

Já o conselheiro de cooperação e relações culturais da Embaixada da França, François Legué, anunciou que será lançada, em outubro, uma chamada de projetos de pesquisa voltada a equipes brasileiras e francesas. O objetivo é estimular novas iniciativas que contribuam para a proteção e o desenvolvimento sustentável da biodiversidade amazônica.
“Esse centro foi criado pelos presidentes Macron e Lula em março de 2024 e lançado em Manaus em setembro do mesmo ano. Agora, este seminário reúne parceiros da Guiana Francesa, cientistas e representantes do Amapá. A ideia é que, além da integração fronteiriça, possamos também compartilhar pesquisa científica”, destacou Legué.
O diretor-presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Amapá (Fapeap), Gutemberg Silva, enfatizou que o seminário integra os esforços de projeção da ciência amapaense na COP30, fortalecendo a valorização dos ativos ambientais do estado e o enfrentamento das mudanças climáticas.
O evento, realizado no auditório da Biblioteca Central da Universidade Federal do Amapá (Unifap), contou com palestras, mesas-redondas e apresentações de pôsteres científicos, reforçando a importância da cooperação internacional para a preservação da Amazônia.