A investigação começou após denúncia anônima recebida pelo disque-denúncia do Gaeco – (96) 99115-9123 – e revelou a existência de uma organização criminosa integrada majoritariamente por estrangeiros, sobretudo colombianos, especializada em oferecer empréstimos irregulares com juros diários e extorsivos, prática conhecida na Colômbia como “cobro”.
Além da agiotagem, o grupo contava com um núcleo responsável por um sofisticado esquema de lavagem de dinheiro, que incluía o uso de duas empresas de compra, venda e aluguel de veículos, além da pulverização de valores e utilização de contas bancárias de “laranjas” para ocultar a origem ilícita dos recursos.
O MP-AP apurou que, em casos de inadimplência, as vítimas eram ameaçadas, agredidas e tinham bens tomados pelos agiotas. Entre 2023 e 2025, o grupo movimentou mais de R$ 60 milhões.
Os investigados poderão responder por usura (agiotagem), organização criminosa, lavagem de dinheiro, ameaça, lesão corporal e exercício arbitrário das próprias razões. Somadas, as penas ultrapassam 23 anos de reclusão, além de multa.





