Apesar dos elevados preços dos tradicionais ovos de Páscoa, ou de outros produtos que compõem a data festiva, a população de Macapá demonstra que a economia, neste período, ficará relativamente aquecida.
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Amapá (Fecomércio-AP), através do Instituto Fecomércio, realizou uma pesquisa socioeconômica, entre os dias 04 e 14 deste mês, para analisar o comportamento consumidor da população de Macapá em relação à Páscoa, que será no próximo dia 31/03. Prevendo, ainda, uma movimentação no comercio de Macapá em torno de R$ 23 milhões para este período.
Dos 400 entrevistados pelo instituto, 67% afirmaram que irão às compras pelos ovos de chocolate ou demais produtos relativos à data. O que não ocorrerá com 27% das pessoas por diversos motivos, como o desemprego, preços elevados dos produtos, economizar dinheiro para outro fim ou pelo simples de fato de não comemorarem a Páscoa.
Ovos caseiros no gosto do consumidor
De uns anos para cá, houve um crescimento significativo na produção e venda de ovos de chocolate caseiros, fabricados por pequenas empresas e até por famílias. Mesmo não sendo, por obviedade financeira, mercadológica e de marketing, concorrentes diretos das gigantes da indústria do chocolate, os ovos artesanais têm mais preferência pelos macapaenses para esta Páscoa do que pelos industrializados.
Segundo a Área Central, empresa referência em tecnologias e inteligência de negócios, os ovos tradicionais tiveram um aumento de 18% no preço de negociação com os fornecedores, o que claramente encarece o preço final.
A favor dos ovos caseiros estão 45% dos entrevistados; 38% preferem os industrializados; as caixas de bombons têm a preferência de 16% das pessoas; enquanto 13% dos macapaenses irão adquirir barras de chocolate.
“A fabricação caseira de ovos e produtos de chocolate segue ganhando destaque na preferência dos consumidores, uma vez que nos últimos anos esse segmento cresceu consideravelmente, possibilitando novas opções de consumo e vendas”, disse Beatriz Cardoso, gerente executiva do Instituto Fecomércio.
A Semana Santa, que ocorre entre os dias 24 e 30 de março, portanto, véspera da Páscoa, também foi incluída na pesquisa e teve mais paridade entre os que irão ou não realizar o tradicional almoço. 51% dos entrevistados confirmaram que sim, enquanto 49% não. Mesmo assim, o Instituto Fecomércio acredita que o mercado de gêneros alimentícios – principalmente de peixes e de carnes brancas – terá um movimento agitado.
Quanto vai gastar, como vai pagar
A pesquisa apontou o gasto médio dos consumidores, cerca de 30% pretendem gastar até R$ 50,00; gastos entre R$ 51,00 e R$ 100,00 somam 35%; de R$ 101,00 a R$ 200,00 representam 28% e os que pretendem gastar acima de R$ 200,00, correspondem a 7%. Com isso, o consumidor deve desembolsar, em média, R$ 113,00 por item nesta Páscoa.
A principal forma de pagamento será dinheiro em espécie, apontado por 30% dos entrevistados. Enquanto 20% utilizarão cartão de débito e 25% pretendem utilizar o PIX – essas três opções são consideradas pagamento à vista e, portanto, correspondem a 75% das intenções. Gastos com cartão de crédito somam 25%.