O garimpo ilegal, considerado o principal vetor da criminalidade na região, financia uma cadeia de delitos que inclui tráfico de armas, contrabando de migrantes e circulação de insumos utilizados na mineração clandestina. Para enfrentar esse cenário, a operação reuniu Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Militar do Amapá, Ibama e forças francesas da Gendarmerie e da Polícia Nacional.
A coordenação ficou a cargo do Centro de Cooperação Policial Internacional da Amazônia (CCPI-Amazônia), em Manaus, e do Centro de Cooperação Policial Brasil–França (CCP), sediado na Guiana Francesa. As ações se concentraram no Rio Oiapoque, em rodovias estratégicas e em áreas de difícil acesso, com patrulhamentos fluviais e terrestres, apoio aéreo com drones e instalação de barreiras de fiscalização.

Durante a operação, mais de 1.100 abordagens foram realizadas em veículos, embarcações e motocicletas. As fiscalizações resultaram na lavratura de dezenas de autos de infração, na identificação e recondução de estrangeiros aos seus países de origem e na prisão de um foragido da Justiça brasileira, localizado em uma área ribeirinha remota nas proximidades do Cabo Orange, no extremo norte do país.
A Operação Guiana Shield reforça o papel da cooperação internacional no enfrentamento ao crime organizado na Amazônia. A atuação integrada entre Brasil e França demonstra o fortalecimento das estratégias conjuntas de segurança e o compromisso dos dois países com a proteção da fronteira, da ordem pública e do meio ambiente.





