Diferente da tomografia, a cintilografia é um exame de medicina nuclear que utiliza pequenas doses de material radioativo para avaliar o funcionamento de órgãos e tecidos, permitindo uma análise detalhada do metabolismo do organismo. O procedimento é indolor e dura, em média, de 30 a 60 minutos.
Segundo Mylner Fermiano, coordenador de Apoio Diagnóstico da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), a novidade é um marco para o sistema público.
“Antes, os pacientes precisavam viajar para outros estados, enfrentando longas esperas e o desgaste do deslocamento. Agora, conseguimos oferecer esse serviço aqui mesmo, com mais rapidez e qualidade”, destacou.
O exame é indicado para diversas especialidades, como oncologia, cardiologia, endocrinologia, nefrologia e pneumologia, sendo essencial em casos de suspeita de metástases ósseas, avaliação pré-cirúrgica de pacientes cardiológicos e doenças da tireoide.
No Amapá, a cintilografia começou a ser realizada em setembro de 2025 e já atende casos prioritários encaminhados pelas especialidades médicas. Atualmente, os exames são feitos em duas clínicas credenciadas pela Sesa, com agendamento via regulação estadual. A demanda inicial é de 5 a 10 exames por mês, com lista de espera de 17 pacientes e prazo médio de 15 a 30 dias, dependendo da disponibilidade do radiofármaco, que vem de outros estados.
Além de reduzir custos com o TFD, a oferta do exame fortalece a rede estadual de diagnóstico e aumenta a resolutividade local, representando mais um avanço na saúde pública do Amapá.