As máscaras utilizadas nos bailes e nas encenações das batalhas entre mouros e cristãos são verdadeiras obras de arte popular. Produzidas artesanalmente há décadas, elas carregam o talento de mestres como Erivaldo Soares, que aprendeu a confeccionar os adereços observando o pai à beira do rio.
“Aprendi vendo meu pai. Hoje, cada máscara que faço carrega um pedaço da nossa história”, conta Erivaldo, orgulhoso.
Outra guardiã desse legado é Sebastiana da Conceição, a Dona Livramento, que também mantém a tradição com dedicação e afeto.

“Faço com amor. Enquanto eu puder, vou continuar ajudando a manter essa cultura viva para nossas crianças e para quem acredita no valor da nossa festa”, afirma.
O Baile dos Máscaras ocorre nos dias 24 e 27 de julho, das 21h30 às 6h. Já o Baile das Crianças será no dia 28, proporcionando aos pequenos uma imersão nessa tradição secular.
Mais tradição
Na quarta-feira, 23, também foi realizada a tradicional dança do Vominê, sob os varais de fitas coloridas, sons de tambores e espingardas, simbolizando a vitória dos cristãos sobre os mouros.
O ponto alto da festa acontece nesta sexta-feira, 25, Dia de São Tiago, com apresentações artísticas e as encenações da batalha que marcam a fé e o orgulho de um povo que preserva suas raízes com devoção e alegria.