Mangueira anuncia enredo para o Carnaval 2026 em homenagem ao Amapá e ao Mestre Sacaca

O Amapá estará em destaque no Carnaval do Rio de Janeiro em 2026. A Estação Primeira de Mangueira anunciou, nesta sexta-feira (16), o enredo do próximo desfile: “Mestre Sacaca do encanto Tucuju – o Guardião da Amazônia Negra”. A escola, uma das mais tradicionais e campeãs do Carnaval carioca, vai celebrar a história, a cultura e a ancestralidade do povo amapaense.
Foto: Luhana Baddini/Agência Grito
Foto: Luhana Baddini/Agência Grito

O samba-enredo terá como figura central Raimundo dos Santos Souza, o Mestre Sacaca, personagem emblemático do Amapá, reconhecido por seu conhecimento sobre o uso medicinal das plantas da Amazônia. Sacaca também foi esportista, defensor da floresta, incentivador da cultura popular e um dos mais marcantes reis momos do carnaval local.

“O enredo da Mangueira será o Amapá, a Amazônia amapaense, para falar da nossa ancestralidade negra, por meio de um ser que esteve e sempre estará entre nós: Mestre Sacaca!”, destacou o governador Clécio Luís. “Estamos orgulhosos e vamos trabalhar muito para que as pessoas conheçam e valorizem o Amapá. Nós vamos ganhar o Carnaval 2026 com o Amapá”, completou.

O anúncio do enredo aconteceu simultaneamente em Macapá, no Museu Sacaca, com a presença de familiares do homenageado, representantes da cultura e autoridades. Em 2026, também serão celebrados os 100 anos de nascimento de Sacaca, que faleceu em 1999, aos 73 anos. Seu legado permanece vivo e, em 2018, recebeu homenagem póstuma com a mais alta condecoração da Divine Académie Française des Arts Lettres et Culture, no Rio de Janeiro.

O carnavalesco Sidnei França, que assina o enredo, visitou o Amapá recentemente para aprofundar sua pesquisa. “Baseado nas tradições afro-indígenas do Amapá, resgatamos uma figura central desse povo, chamado ‘Mestre Sacaca’. Um homem ligado às ervas, ao curandeirismo, ao benzimento… que mergulhou nos rios amazônicos e de lá trouxe a força dos povos originários que dialogam diretamente com a cultura preta naquele local através dos tambores. Um exemplo disso é o Marabaixo”, ressaltou.

Na Sapucaí, a Mangueira vai mostrar um Amapá preservado, diverso e essencial para o equilíbrio ambiental do planeta, destacando o saber tradicional de seus povos — ribeirinhos, indígenas, quilombolas — e sua contribuição à cultura nacional.

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