Operação ‘Cobro Final’ é deflagrada pelo MP-AP contra esquema de agiotagem e lavagem de dinheiro

Na manhã desta quinta-feira (11), o Ministério Público do Amapá (MP-AP), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e do Núcleo de Investigações (Nimp), em ação conjunta com a Polícia Federal (PF), deflagrou a operação “Cobro Final” para cumprir 20 mandados de busca e apreensão e quatro de prisão preventiva em Macapá (AP) e Teresina (PI).
Foto: MP-AP/Divulgação
Foto: MP-AP/Divulgação

A investigação começou após denúncia anônima recebida pelo disque-denúncia do Gaeco – (96) 99115-9123 – e revelou a existência de uma organização criminosa integrada majoritariamente por estrangeiros, sobretudo colombianos, especializada em oferecer empréstimos irregulares com juros diários e extorsivos, prática conhecida na Colômbia como “cobro”.

Além da agiotagem, o grupo contava com um núcleo responsável por um sofisticado esquema de lavagem de dinheiro, que incluía o uso de duas empresas de compra, venda e aluguel de veículos, além da pulverização de valores e utilização de contas bancárias de “laranjas” para ocultar a origem ilícita dos recursos.

O MP-AP apurou que, em casos de inadimplência, as vítimas eram ameaçadas, agredidas e tinham bens tomados pelos agiotas. Entre 2023 e 2025, o grupo movimentou mais de R$ 60 milhões.

Os investigados poderão responder por usura (agiotagem), organização criminosa, lavagem de dinheiro, ameaça, lesão corporal e exercício arbitrário das próprias razões. Somadas, as penas ultrapassam 23 anos de reclusão, além de multa.

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