As investigações começaram após a identificação de movimentações bancárias atípicas e incompatíveis com a renda formal dos investigados, indicando possível atuação de empresários e agentes públicos na região de fronteira para ocultar valores ilícitos.
Durante o trabalho investigativo, a PF identificou transferências expressivas realizadas por joalherias de diversos estados para um posto de combustíveis localizado em Oiapoque. Em seguida, o estabelecimento teria repassado recursos a um agente público lotado no município, levantando fortes indícios de ocultação e dissimulação de ativos provenientes do comércio ilegal de ouro.

Os policiais também encontraram indícios de movimentações superiores a R$ 4,5 milhões por parte de servidores sem justificativa econômica plausível, além do uso de empresas de fachada para lavar recursos ilícitos.
Durante as buscas, uma pessoa foi presa em flagrante por posse de arma de uso restrito. Mais de R$ 1 milhão e 25 mil euros foram apreendidos em um dos locais vistoriados.
Os investigados poderão responder por crimes como corrupção passiva, lavagem de dinheiro, participação em organização criminosa e peculato. Se condenados, as penas podem ultrapassar 60 anos de reclusão.
A operação contou com o apoio da Corregedoria-Geral da Polícia Civil do Estado do Amapá no cumprimento dos mandados judiciais.





