O estudo, que avaliou 6.825 imóveis em 57 bairros da capital amapaense, apontou um índice de infestação predial (IIP) de 2,2%, classificando o município em médio risco para a proliferação do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya.
Das 16 áreas analisadas, 12 apresentaram médio risco, três foram classificadas como baixo risco e apenas uma, o bairro Central II, registrou alto risco, com IIP de 4,2%. Bairros como Buritizal, Novo Buritizal, Brasil Novo e Igarapé da Fortaleza também tiveram índices acima de 3,5%, exigindo atenção redobrada.
Os principais focos de reprodução do mosquito foram lixo e resíduos sólidos (50%), pneus (25,6%), depósitos móveis como vasos de plantas (8,8%) e recipientes de armazenamento de água ao nível do solo, como baldes e cisternas (8,8%).
Diante desse cenário, a Divisão Municipal de Controle da Dengue (DMCD) iniciou operações em 41 bairros, priorizando as áreas mais críticas identificadas no levantamento. As ações incluem fiscalização de terrenos baldios e estabelecimentos comerciais, visitas domiciliares para conscientização da população sobre a importância de evitar o acúmulo de água parada e eliminação de focos, com aplicação de larvicidas e inseticidas em locais com larvas ou mosquitos adultos.
O secretário municipal de Vigilância em Saúde, Gilmar Domingues, destacou que, até novembro de 2024, quando foi divulgado o último LIRAa do ano, Macapá apresentava baixo risco de infestação. No entanto, durante o inverno amazônico, o aumento das chuvas favorece o acúmulo de água parada e, consequentemente, a proliferação do mosquito.