A certificação confirma a excelência da gestão da RDS, que combina conservação da biodiversidade, governança participativa, transparência e geração de benefícios socioeconômicos. O processo incluiu avaliação rigorosa de indicadores, comprovação de evidências e validação de especialistas independentes.
A condução no Amapá foi realizada pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), por meio da Coordenadoria de Gestão de Unidades de Conservação e Biodiversidade (CGUCBio), em parceria com comunidades locais, organizações sociais como Comaru e Bio-Rio, além de instituições públicas e privadas. A jornada envolveu organização documental, visitas técnicas e diálogo constante com o Grupo de Especialistas EAGL Brasil e a UICN.

Para a secretária de Meio Ambiente, Taísa Mendonça, o reconhecimento eleva o Amapá ao cenário internacional.
“Este reconhecimento nos coloca num patamar de alto nível, o Amapá está na vitrine global de modelo econômico sustentável, que alia desenvolvimento e proteção ambiental com uso responsável dos recursos naturais. Encerramos o ano de 2025 com mais uma grande conquista para o nosso estado”, afirmou.
A certificação fortalece o protagonismo comunitário, amplia oportunidades de parcerias e referencia o modelo amapaense como exemplo para outras áreas protegidas do Brasil. A RDS é reconhecida pelo manejo sustentável da castanha-do-Brasil, principal atividade econômica da região, e pela valorização da sociobiodiversidade.
O coordenador da CGUCBio, Euryandro Costa, destacou que o processo também aprimorou a gestão interna.
“Foi uma oportunidade de aprofundar o olhar sobre a unidade, fortalecer a governança e valorizar o papel das comunidades na proteção do território.”
RDS do Rio Iratapuru
Criada em 1997, a RDS do Rio Iratapuru tem 806 mil hectares e abrange Laranjal do Jari, Pedra Branca do Amapari e Mazagão. É gerida pela Sema e por um conselho gestor paritário. A área integra um mosaico de unidades protegidas e é referência em extrativismo sustentável, especialmente de castanha-do-Brasil e breu-branco — este último incluído em um contrato pioneiro de repartição de benefícios com a Natura.
A RDS participa do Programa ARPA desde 2012 e mantém, desde 2019, monitoramento contínuo da fauna e da flora por meio do Programa Monitora, envolvendo borboletas frugívoras, mamíferos, aves cinegéticas e espécies arbóreas.





