Segundo levantamento da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), até esta quinta-feira, 29, o Hospital da Criança e do Adolescente (HCA) e o Pronto Atendimento Infantil (PAI) registram uma taxa de ocupação de 92,16%, com 47 internações por SRAG, distribuídas entre leitos clínicos e de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica.
Após investigação epidemiológica, foram confirmadas duas mortes de crianças menores de seis meses – faixa etária que ainda não está contemplada na cobertura vacinal contra a gripe. A primeira vítima foi um menino de 4 meses, residente em Macapá e portador de comorbidade, que faleceu em 22 de maio. A segunda morte ocorreu em 25 de maio e foi de um bebê indígena de 1 mês e 12 dias, vindo do município de Óbidos (PA). Um terceiro óbito está sob investigação.
A Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS) alerta que o estado segue em nível de atenção devido ao avanço das síndromes respiratórias, que têm lotado hospitais e causado preocupação em famílias e autoridades. Vírus respiratórios, especialmente agressivos neste período, afetam principalmente crianças e idosos. Para se ter uma ideia da gravidade, o Maranhão já soma 89 mortes e o Paraná, 56.
Para conter o avanço dos casos, o Governo do Estado adotou uma série de medidas, como:
- Reorganização do fluxo de atendimento para diagnósticos mais ágeis e precisos;
- Ampliação de leitos hospitalares;
- Instalação de novas salas vermelhas (suporte avançado à vida) e brancas (ambientes de controle rigoroso de contaminação), com estrutura semelhante a uma semi-intensiva.
A principal forma de prevenção continua sendo a vacinação contra a gripe. No entanto, outras medidas simples também ajudam a evitar o contágio:
- Lavar bem as mãos;
- Usar máscaras ao apresentar sintomas;
- Evitar tocar olhos, nariz e boca;
- Evitar locais fechados quando estiver com sintomas gripais;
- Utilizar álcool em gel;
- Manter uma alimentação saudável;
- Beber bastante água.
A SRAG é uma forma grave da síndrome gripal, com sintomas mais intensos e duradouros, como febre, dores, tosse e dificuldade respiratória. Em pessoas vulneráveis, como idosos e crianças, pode evoluir para quadros críticos e até levar à morte se não tratada a tempo.