Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o decreto norte-americano inclui cerca de 700 exceções, sendo 565 relacionadas a itens voltados à aviação civil. Também escapam da nova tarifa alguns fertilizantes e insumos industriais, como máquinas, produtos químicos e minerais.
Ainda assim, cerca de 35,9% do total exportado pelo Brasil para os EUA será afetado, conforme informou o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin.
Produtos alimentícios como carne, frutas e café estão entre os mais prejudicados. Apenas o suco e a polpa de laranja, além de castanhas e nozes, ficaram de fora da nova tributação. Bens de consumo com maior valor agregado, como têxteis, calçados e móveis de madeira, também não foram incluídos na taxa extra.
O açaí, importante produto da região Norte, não escapou da sobretaxa. No Amapá, mais de 11 toneladas da fruta que seriam exportadas para os Estados Unidos estão paradas. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), o Brasil produz cerca de 2 milhões de toneladas de açaí por ano.