O estudo, liderado pelo Instituto Federal Goiano (IF Goiano), é um dos maiores já realizados sobre poluição por microplásticos no país. Foram analisadas 1.024 praias em 211 municípios de 17 estados costeiros, com a coleta de 4.134 amostras de areia entre os anos de 2022 e 2023.
No Amapá, foram selecionados 40 pontos de amostragem ao longo da costa, abrangendo os municípios de Calçoene e Amapá. A Ueap, por meio da professora Dra. Neuciane Dias Barbosa, ofereceu suporte técnico e participou da divulgação científica, elaboração de artigos, relatórios e livros relacionados à pesquisa.
Embora o estado apresente uma das menores incidências de poluição por microplásticos, os resultados obtidos chamam atenção para a necessidade de monitoramento contínuo.
“As amostras coletadas e analisadas em laboratório mostraram presença de poluição plástica na única praia oceânica do estado. Isso acende um alerta sobre o impacto do microplástico no Amapá”, afirmou a professora Neuciane.
O que são os microplásticos?
Microplásticos são fragmentos minúsculos, do tamanho de um grão de arroz, que podem afetar a biodiversidade, a segurança alimentar e a saúde humana. O principal risco para as pessoas é a ingestão de peixes e frutos do mar contaminados. Para os banhistas, a presença de microplásticos na areia ainda não representa um risco direto de intoxicação.
Durante a pesquisa, a equipe também avaliou o Índice de Perigo do Polímero, que mede a toxicidade dos microplásticos encontrados, e o Índice de Risco Ecológico Potencial, que relaciona a quantidade desses poluidores ao nível de perigo para o meio ambiente.