Incidente no Rio Cupixi: ‘Não se sabe ainda se foi um barranco que desabou por conta das fortes chuvas, ou se tem relação com atividade garimpeira’, afirma delegado

Foto: Nayana Magalhães/GEA
Foto: Nayana Magalhães/GEA

Na manhã desta quarta-feira, 12, as equipes que compõem a força-tarefa montada pelo Governo do Amapá realizam um sobrevoo pela região do Rio Cupixi, no município de Porto Grande, para investigar a mudança na coloração da água.

Técnicos da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), agentes das polícias Civil e Defesa Civil participam da ação. A Polícia Científica também se deslocou para o local com peritos criminais especializados em perícia ambiental.

“Será montada uma base em Porto Grande e, neste primeiro momento, faremos um sobrevoo seguindo o curso do rio para identificar de onde está vindo a água barrenta. Após identificar a origem, decidiremos como será feito o trabalho”, explicou o capitão Muller Bryan, do Grupo Tático Aéreo (GTA).

Foto: Nayana Magalhães/GEA
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O delegado da Polícia Civil acrescentou que, caso o problema seja originado de uma área de garimpo, equipes policiais serão acionadas para realizar o trabalho operacional e permitir que os técnicos das instituições envolvidas sejam transportados ao local.

“Não se sabe ainda se foi um barranco que desabou por conta das fortes chuvas nos últimos dias, ou se ou se efetivamente tem relação com atividade garimpeira. Isso será avaliado durante o sobrevoo do GTA. O trabalho da Polícia Civil, neste momento, consiste em iniciar as diligências preliminares, em conjunto com os órgãos competentes, para identificar as causas do possível dano ambiental. Caso seja identificado um crime ambiental, tomaremos as medidas imediatas”, afirmou o delegado.

Força-Tarefa

A força-tarefa é composta por representantes das secretarias do Meio Ambiente, Saúde (Sesa), Segurança (Sejusp), Assistência Social (Seas), Corpo de Bombeiros Militar e Defesa Civil. A equipe atuará junto aos órgãos municipais na investigação das causas, na contenção dos danos e no apoio às comunidades afetadas.

Até o momento, não há registro de famílias atingidas, mas a área afetada está localizada no Igarapé Água Preta, que deságua no Rio Cupixi, impactando a pesca e o consumo de água potável para os moradores locais. Além da avaliação dos danos ambientais, o Governo do Estado monitora a necessidade de enviar água mineral, kits de alimentos e combustível à região.

A Prefeitura de Porto Grande decretou estado de calamidade, e o Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional foi acionado para fornecer ajuda humanitária. A CSA Equatorial já iniciou uma investigação sobre a origem da coloração da água e informará a cada hora os resultados da análise e da captação de água no município.

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