Governo do Amapá apresenta medidas para fortalecer segurança alimentar nas aldeias durante Assembleia Wajãpi

Nesta segunda-feira (23), durante a Assembleia Geral 2025 do Conselho das Aldeias Wajãpi (Apina), realizada em Pedra Branca do Amapari, o Governo do Amapá apresentou uma série de ações emergenciais e políticas públicas voltadas à segurança alimentar, fortalecimento da agricultura familiar e assistência técnica nas aldeias indígenas.
Foto: Cristiane Mareco/GEA
Foto: Cristiane Mareco/GEA

Entre os anúncios, destacou-se o início da emissão do Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF), conduzido pelo Instituto de Extensão, Assistência e Desenvolvimento Rural do Amapá (Rurap). Também foram entregues 600 sacas de farinha e tapioca como medida emergencial para mitigar os impactos da praga que afeta a mandioca — base da alimentação nas aldeias.

Foto: Maksuel Martins/GEA
Foto: Maksuel Martins/GEA

Durante o evento, o Governo do Estado apresentou ainda a Política de Assistência Técnica e Extensão Rural Indígena (ATER Indígena), também executada pelo Rurap. A iniciativa conta com a atuação de cinco Agentes Socioambientais Indígenas (ASAs), capacitados e contratados para atuar diretamente no enfrentamento da crise alimentar nas aldeias. Os agentes receberam seus certificados de formação durante a assembleia.

Outro anúncio importante foi a aquisição de um caminhão para apoiar a logística de escoamento da produção extrativista dos Wajãpi, por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA Indígena).

O cacique da aldeia Pairakae, Kãmare Waiãpi, agradeceu ao governo pela assistência prestada.

“O apoio nesse momento de praga é fundamental para manter nossas roças e trabalho. Agradecemos ao governador Clécio Luís por atender nossas solicitações e garantir políticas públicas às nossas aldeias”, declarou o cacique.

O diretor da Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária do Estado (Diagro), Álvaro Cavalcante, explicou que ainda não há variedades de mandioca resistentes à praga, o que reforça a importância de promover alternativas.

“Não temos, até o momento, uma espécie de mandioca imune. Por isso, o incentivo a outras culturas será essencial para garantir a subsistência das famílias”, afirmou Cavalcante.

A secretária da Secretaria de Estado Extraordinária dos Povos Indígenas (Sepi), Sônia Jeanjacque, ressaltou a importância da escuta ativa às lideranças originárias e da articulação do governo com as aldeias.

“Estamos aqui para ouvir e construir, junto com os povos indígenas, soluções que respeitem seus modos de vida e fortaleçam suas práticas tradicionais”, destacou.

Presença do Estado

A Assembleia Geral do Apina reafirma o compromisso da gestão estadual com os direitos dos povos indígenas e a construção de soluções sustentáveis para os desafios enfrentados pelas comunidades tradicionais.

A comitiva do Governo do Amapá contou com cerca de 80 servidores de diversos órgãos, entre eles:

  • Secretaria de Estado Extraordinária dos Povos Indígenas (Sepi)
  • Secretaria de Educação (Seed)
  • Secretaria de Meio Ambiente (Sema)
  • Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR)
  • Secretaria de Saúde (Sesa)
  • Casa Civil
  • Secretaria de Comunicação (Secom)
  • Instituto de Terras do Amapá (Amapá Terras)
  • Procuradoria-Geral do Estado (PGE)
  • Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária (Diagro)
  • Instituto de Extensão, Assistência e Desenvolvimento Rural (Rurap)
  • Equipe de Mobilização Governamental
  • Gabinete de Segurança Institucional (GSI)

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