Em seu pronunciamento, Clécio Luís destacou que se trata de uma “reunião preparatória”, ainda distante da consulta pública formal prevista em lei.
“Venho aqui atender a um chamado de vocês. Estou à disposição para ajudar e referendar, mas jamais falar em nome de vocês. Não estamos aqui para dizer se somos a favor ou contra o petróleo. Primeiro, precisamos conversar diretamente. Em seguida, haverá um diálogo entre vocês e a Petrobras, para que tudo seja explicado com clareza: o que vai acontecer e o que não vai acontecer”, afirmou o governador.
Durante o encontro, o chefe do Executivo estadual apresentou, de forma detalhada, os principais desafios, riscos e oportunidades da atividade petrolífera, enfatizando o respeito aos protocolos de consulta e aos direitos territoriais.

O cacique Edimilson Oliveira, coordenador do Conselho dos Povos Indígenas do Oiapoque, ressaltou a importância de obter informações confiáveis antes de qualquer decisão.
“Temos recebido muitas versões, mas precisamos entender como funciona uma pesquisa e uma exploração de petróleo. É novo para nós. Sabemos que todo empreendimento traz benefícios e impactos. É essencial participar desse diálogo para que os povos indígenas de Oiapoque possam decidir com consciência.”
Também estiveram presentes representantes de diversos órgãos do governo estadual — Sepi (Povos Indígenas), Sema (Meio Ambiente), Seed (Educação), Seinf (Infraestrutura), Sesa (Saúde), SDR (Desenvolvimento Rural), Casa Civil, Direitos Humanos, Rurap (Assistência e Desenvolvimento Rural) — além da Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Amapá e Norte do Pará (APOIANP).
Este primeiro momento de troca de informações reforça o compromisso do Governo do Amapá com a transparência e o respeito à voz das comunidades tradicionais antes de avançar para as etapas formais de licenciamento e consulta.