O golpe é aplicado por meio de mensagens no WhatsApp, usando números com prefixo do Mato Grosso do Sul, e tem como alvo os familiares de pacientes internados em hospitais públicos do Amapá.
Além disso, donos de animais internados em clínicas veterinárias também têm sido alvo dessa fraude, de acordo com as investigações da Polícia Civil. Ainda está sendo apurado como os criminosos obtêm os contatos das vítimas, mas a recomendação é que as pessoas filtrem o que compartilham nas redes sociais, já que informações pessoais podem ser usadas pelos golpistas para dar credibilidade à ação.
O delegado-geral da Polícia Civil do Amapá, Cezar Vieira, relatou que a polícia já investiga um caso após denúncia de uma vítima que, ao suspeitar da cobrança, entrou em contato com o hospital e descobriu que o Sistema Único de Saúde (SUS) não cobra por medicamentos ou tratamentos.
“Essas pessoas estão se passando por médicos, entrando em contato com vítimas, cujos parentes estão internados na UTI e solicitando a transferência de valores para pagamento de medicamentos. Isso não existe, não é o procedimento do hospital público, e a população deve estar atenta, porque há golpistas de todo tipo, de todo lugar, não existe fronteira para este tipo de crime“, alertou o delegado-geral.
As denúncias podem ser feitas através da Delegacia Virtual, pelo QR Code disponível no portal de serviços da Polícia Civil ou diretamente em qualquer delegacia, tanto na capital quanto no interior do estado.
Como funciona o golpe
Segundo as investigações, o criminoso faz contato com o familiar, se apresentando como médico ou funcionário do hospital, informando que o estado de saúde do paciente piorou. Ele então solicita o pagamento, via Pix, de um valor para agilizar procedimentos médicos ou para a compra de medicamentos que, supostamente, não estão disponíveis no hospital.
“Pedimos à população que desconfie de qualquer contato desse tipo e denuncie imediatamente para que a Polícia Civil possa investigar e punir os responsáveis“, reforçou Cezar Vieira.