No dia 26 de agosto de 2023, publiquei um editorial de abertura do programa EDcomunica-Show que dizia o seguinte:
“Estamos finalizando a semana com a festejada notícia do parecer da AGU que abre caminho para exploração de petróleo pela Petrobras na foz da bacia do Amazonas.
Trata-se de um novo fato político, protagonizado pelo senador Davi Alcolumbre, que pode significar “a carta de alforria” para o Desenvolvimento Econômico do Estado do Amapá.
A Advocacia-geral da União entendeu que não é preciso uma análise ambiental preliminar. Foi justamente a ausência dessa análise que o Ibama apontou para vetar a exploração da Petrobras na costa do Amapá.
Enquanto o Brasil ainda discute os riscos ambientais, a partir da exploração das prováveis reservas de petróleo na Margem Equatorial, outro país sul-americano está conseguindo grandes feitos nessa mesma região.
E o resultado já pode ser observado em números. A pequena Guiana está carimbando seu passaporte para o futuro, deixando para trás o posto de uma das nações mais pobres do mundo.
O novo destino do país reserva um enredo completamente diferente. Segundo projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI), a Guiana deverá experimentar um crescimento de 37% em seu Produto Interno Bruto (PIB) só em 2023.
Será o maior índice de expansão econômico em todo o planeta. Para 2024, o FMI projeta que a economia do país sul-americano continuará em ritmo acelerado, com um avanço avassalador de 45%.
O sucesso da Guiana traz reflexões importantes para o Brasil, uma vez que as regiões Norte e Nordeste, vizinhas da Margem Equatorial brasileira, ainda possuem os menores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do país.
O Brasil é um país com dimensões continentais. Permitir a atividade petrolífera no litoral desses estados certamente ajudará a mudar o quadro socioeconômico dessas regiões isoladas do progresso industrial.
Ex-colônia de Espanha, Holanda e do Império Britânico, a Guiana era um dos países mais pobres da América do Sul até 2015, quando as primeiras grandes reservas de petróleo foram descobertas em sua costa.
As previsões indicam que a expansão da produção de petróleo da Guiana continuará ganhando força ao longo dos próximos anos – e o país deverá chegar a produzir 1,2 milhão de barris por dia até 2027.
Conforme já falamos aqui, a negativa do IBAMA levantou um forte movimento da classe política do Amapá. O senador Davi Alcolumbre usou seus perfis nas redes sociais para comemorar o parecer da Advocacia Geral da União, favorável à Petrobras e ao Ministério de Minas e Energia, sobre o licenciamento ambiental, para estudar uma possível exploração de petróleo na costa do Amapá. “Vamos lutar até o fim para assegurar ao Amapá o poder de explorar suas riquezas”, afirmou Davi Alcolumbre.
Por: Edinho Duarte | Jornalista e pedagogo
Macapá, 26 de Agosto de 2023.”
Faço questão de refazer essa publicação hoje, para que fiquemos atentos, com relação a essa grande conquista que está para chegar, que realmente pode representar a nossa “carta de alforria” para destravar, de uma vez por todas, a economia do estado do Amapá.
Por: Edinho Duarte | Jornalista e pedagogo