Assim que tomou conhecimento da possibilidade de reajuste, o governador articulou uma mobilização política e se deslocou à capital federal para tratar diretamente do tema. A agenda incluiu reuniões e a união da bancada federal do Amapá, com o objetivo de barrar a medida e defender os consumidores do estado.
Para o Governo do Amapá, um aumento dessa magnitude teria impacto direto no orçamento das famílias e não pode ser deliberado sem debate amplo, transparência e análise de alternativas legais que possam amenizar os efeitos na conta de luz. Clécio Luís reforçou que a decisão ignora as particularidades do estado e penaliza injustamente a população.

“Não vamos aceitar esse aumento, não é aceitável que milhares de famílias sejam penalizadas por decisões que desconsiderem a realidade do nosso Estado. A agência está sendo cruel com a nossa população”, destacou o governador Clécio Luís, durante reunião com líderes da ANEEL.
Na semana anterior, o presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre, e o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues, já haviam encaminhado ofício à ANEEL solicitando que a votação do reajuste fosse suspensa até que fossem avaliados mecanismos de mitigação, incluindo o uso de recursos previstos em lei.
A CEA Equatorial, concessionária responsável pela distribuição de energia no Amapá, também pediu esclarecimentos à agência reguladora sobre a aplicação dos recursos oriundos da repactuação do Uso do Bem Público (UBP), encargo pago por hidrelétricas à União e que pode contribuir para a redução das tarifas nas regiões Norte e Nordeste.





