Estudos apontam que a região pode abrigar até 5,6 bilhões de barris de óleo, mais do que o dobro das reservas estimadas do pré-sal, segundo o geofísico Sérgio Sacani. Caso a exploração seja bem-sucedida e realizada de forma sustentável, o Amapá poderá assumir papel estratégico na produção de petróleo do país.
A perfuração do primeiro poço exploratório no bloco FZA-M-59, iniciada em outubro de 2025 a cerca de 175 km da costa, marca o início de uma série de operações que devem durar meses e servir como referência para futuras explorações. A Petrobras prevê investimentos de US$ 3 bilhões entre 2025 e 2029, incluindo até 15 poços exploratórios.
Embora o potencial econômico seja promissor, especialistas alertam para os desafios logísticos e ambientais. A região ainda carece de infraestrutura adequada, como portos e bases de apoio offshore, essenciais para suportar operações de grande porte. Além disso, o monitoramento contínuo da fauna e dos ecossistemas, como manguezais e recifes, é essencial para garantir que o desenvolvimento seja sustentável.
A Margem Equatorial também traz impactos estratégicos para o país. Ela poderá ajudar a reduzir a dependência do pré-sal, assegurar autossuficiência energética e aumentar a arrecadação de impostos. Para o Amapá, além dos royalties, a exploração pode gerar empregos, qualificar a mão de obra local e promover investimentos em infraestrutura.
Apesar de São Paulo continuar sendo o estado mais rico do país, a exploração do petróleo na Margem Equatorial pode colocar o Amapá em um novo patamar de desenvolvimento, caso os recursos sejam aplicados com planejamento e responsabilidade.
A nova fronteira energética representa uma oportunidade única: transformar o Amapá em protagonista do setor de óleo e gás, equilibrando crescimento econômico, sustentabilidade ambiental e soberania energética.
Fonte: clickpetroleoegas








