A transformação foi conduzida com acompanhamento técnico especializado e a participação de diversos segmentos culturais, históricos e sociais, incluindo entidades ligadas ao livro, leitura, literaturas e bibliotecas, como a Academia Amapaense de Letras. O resultado é uma biblioteca ampliada, moderna e multifuncional, preparada para atender às demandas contemporâneas da sociedade amapaense e fortalecer o acesso democrático à cultura e ao conhecimento.

A história da Biblioteca Pública Estadual Elcy Lacerda
A trajetória da Biblioteca Pública Estadual Elcy Rodrigues Lacerda se confunde com a própria formação cultural do Amapá. Sua origem remonta a 20 de abril de 1945, quando foi oficialmente criada pelo então governador interino do Território Federal, Raul Monteiro. O acervo inicial nasceu de doações feitas por Acylino de Leão, médico, político e membro da Academia Paraense de Letras, reunindo obras de literatura, temas regionais e materiais dedicados ao Barão do Rio Branco.
Sem sede própria nos primeiros anos, a biblioteca funcionou inicialmente em uma residência na Avenida Mário Cruz, no Centro de Macapá, e, em 1947, passou a ocupar uma sala do Grupo Escolar Barão do Rio Branco, compartilhando espaço com o primeiro cinema do estado, o Cineteatro Territorial.

A primeira grande mudança de endereço ocorreu em 1950, quando a biblioteca foi instalada em um prédio em frente à Escola Normal de Macapá, mais tarde denominada Instituto de Educação do Amapá (IETA). Com o aumento do acervo, em 1971 a instituição passou para o prédio onde permanece até hoje. Entre 1992 e 1994, durante uma reforma em sua sede definitiva, funcionou provisoriamente no local onde atualmente está o Sebrae, retornando em 1995 à Rua São José, 1800, Centro de Macapá.
O nome atual foi oficializado pela Lei nº 0296, de 12 de julho de 1996, em homenagem à professora Elcy Rodrigues Lacerda. A escolha é simbólica, já que tanto a educadora quanto a biblioteca compartilham a mesma data de nascimento: 20 de abril de 1945. A denominação consolidou o vínculo da instituição com a educação e a cultura amapaense, reforçando seu papel como guardiã da memória e do conhecimento no estado.





