Homem que transportava mil munições é preso pela Polícia Federal

Suspeito, preso em Oiapoque, transportava em embarcação munição para armas de cano longo, como as espingardas; individuo pode ser condenado por tráfico internacional de armas.
Foto: Instagram Polícia Federal do Amapá (@pfamapa)
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Em uma operação realizada pelo Exército na fronteira entre Brasil e Guiana Francesa, na última terça-feira (19), um indivíduo em atitude suspeita em uma pequena embarcação foi abordado pelos militares e estes descobriram que ele estava a transportar mil munições calibres 12mm e 20mm.

O Núcleo de Polícia Marítima da Polícia Federal de Oiapoque (NEPOM), que prestava apoio ao Exército, o prendeu em flagrante e o encaminhou à delegacia da PF no município. Aos agentes e ao delegado, o suspeito, segundo ele um catraieiro, afirmou que não tinha ciência de que estava realizando o transporte ilegal de munições.

Especialista explica calibres

O valor médio de mercado de uma caixa com 25 cartuchos de munição calibre 12mm é R$ 300,00. Já a caixa com a mesma quantidade da munição calibre 20mm, custa em média R$ 200,00. O tenente da Polícia Militar, Silva Rocha, especialista em armas e munições, concedeu uma entrevista ao EDnews – Portal de Notícias para explicar sobre o poderio das munições e em quais armas elas são usadas.

Foto: Instagram Polícia Federal do Amapá (@pfamapa)
Foto: Instagram Polícia Federal do Amapá (@pfamapa)

As munições apreendidas pela PF são usadas para ser disparadas por espingardas, também conhecidas como escopetas ou cartucheiras, armamento costumeiramente utilizado para a prática da caça”, afirmou. O militar também acha pouco provável que o homem preso pela PF não tinha conhecimento de que havia munições em sua embarcação.

O tenente também esclareceu que o calibre 12 mm possui mais poder de fogo do que o calibre 20 mm. “Quando disparados, esses calibres têm o mesmo ângulo de alcance, de pequena a média distância. Porém, os cartuchos calibre 12 mm possuem mais potência ao ser disparados, tanto no recuo (impacto da arma no ombro) quanto atingindo um alvo“.

O caso da fronteira possui verossimilhança com as “mulas do tráfico”, pessoas arregimentadas por criminosos para realizar o transporte de drogas através de aviões de carreira. Pessoas sem muita expectativa de vida que aceitam correr risco, inclusive de morte, por quantias por vezes irrisórias. No caso do cidadão agora custodiado judicialmente, poderá responder pelo crime de tráfico internacional de armas e se condenado, poderá pegar até 16 anos de reclusão, mais pagamento de multa.

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