O azeite de oliva extravirgem, geralmente importado da Espanha e Portugal, e é um dos alimentos complementares que possui grande aceitação pelos benefícios que oferece. Porém, uma prática criminosa descoberta recentemente por autoridades agrícolas, vem afastando os consumidores do produto.
A Operação Getsêmani, comandada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), com apoio das polícias militar de São Paulo e civil do Rio de Janeiro, revelou, em investigações em quatro estados, que milhares de litros de azeite de oliva estavam prontos para ser adulterados com a adição de óleo de soja, também encontrado grande quantidade. Além da adulteração, também foi revelado um esquema ilícito de distribuição e importação do produto.
Apreensões e prisões contra máfia do azeite
Para conhecimento, só em Saquarema (RJ) 60.600 litros de azeite extravirgem e 37.500 de óleo de soja estavam armazenados em uma fábrica clandestina para possível adulteração. Neste caso, os fiscais e policiais evitaram que quase 200 mil garrafas fossem parar na prateleira dos supermercados para ser vendidos como azeite de oliva extravirgem. São Paulo (SP), Natal (RN) e Recife (PE) foram os demais estados alvos da operação.
Em Natal e Recife, os produtos supostamente adulterados foram encontrados em depósitos de estabelecimentos varejistas, com a provável intenção de pô-los à venda. Em um deposito alugado pelos infratores em São Paulo, 33.612 garrafas de 500 ml de azeite suspeito foram encontradas.
O Mapa calculou que 104.363 litros de produtos foram apreendidos nos estados alvos da operação. Muitos materiais que fazem parte da produção das garrafas também foram encontrados e apreendidos, como tampas e rótulos.
Os envolvidos no esquema de fraude, ainda segundo o Mapa, tiveram um prejuízo de R$ 8 milhões. Duas prisões em flagrante foram efetuadas pela prática dos crimes contra as relações de consumo e contra a saúde pública, em decorrência da falsificação e adulteração de produtos destinados à alimentação humana.
Azeite supostamente adulterado foi vendido em Macapá
Dez marcas, supostamente de azeite de oliva extravirgem, devem ser de circulação imediatamente por comerciantes, varejistas e atacadistas são. Entre elas, a marca Vincenzo (Importado e Distribuído por Salamanca Importadora e Exportadora – CNPJ: 30.352.376/0005-50) com um preço bem atrativo, estava nas prateleiras de uma rede de supermercados de Macapá. Dias antes da fiscalização do Mapa, o produto não foi mais encontrado. Abaixo as marcas que você deve evitar se encontrar em supermercados e afins:
- Terra de Óbidos;
- Serra Morena;
- De Alcântara;
- Vincenzo;
- Az Azeite;
- Almazara;
- Escarpas das Oliveiras;
- Don Alejandro;
- Mezzano;
- Uberaba.
Após o recolhimento, os fornecedores devem comunicar o Ministério pelo canal Fala.BR para que seja realizada a devida ação fiscal para a correta destinação desses produtos. Já os consumidores que adquiriram esses produtos fraudados, o governo orienta deixar de consumi-los e solicitar a substituição. Além disso, é necessário comunicar o Ministério da Agricultura o estabelecimento e endereço onde foi adquirido o produto, pelo canal Fala.BR.
Abaixo, dicas para evitar a compra de azeite de oliva extravirgem adulterado: