Na gênese do recente março que passou, Seu Savino fez questão de esperar para ver, pela derradeira vez, a Banda passar, cantando e fazendo coisas por alegria e amor. Já não era mais o jovem que, entre os 20 e os 30, no longínquo 1965, em pleno período da vil quartelada, reuniu os seus, um verdadeiro concílio carnavalesco, para formar o que é hoje, e para sempre será, o maior bloco de sujos do Norte, quiçá além-fronteira nortista!
Não importava a tenra idade, pois velho é o tempo não aproveitado e fraco é quem, mesmo à toa na vida, não democratiza ideias, sonhos, realidades. O velho mais moço continuará a sair no terraço da vida para apreciar os sons, os bonecos, as cores, os amores e até os dissabores que seguirão reverberando na marcha alegre que insiste em se espalhar.
José Figueiredo de Souza, da Corte do Carnaval surgem inúmeros decretos à vossa majestade. Só por hoje, a moça triste que vivia calada, não sorriu. Em suas mãos, está a rosa triste que vivia fechada, mas não se abriu. A sua gente, família e amigos enfeitaram a cidade, cada qual escolheu um canto para o seu pranto. E, mesmo apesar de que em cada canto de Macapá havia uma dor, a sua gente sofrida, rememorando a sua honrosa vida, despediu-se da dor pra ver o Seu Savino passar cantando coisas de amor…
Uma resposta
Professor Savino como nós alunos os chamavam , era rigoroso, firme e durão. Todos respeitavam, admiravam e tornaram-se grandes cidadãos, pq disciplina e hierarquia eram ensinamentos inegociáveis. Professor de educação física, juiz de futebol, basquete e vôlei, Savino era o único arbitro de basquete que não sinalizava com as mãos , era tudo no gogó e não dava refresco pra jogador indisciplinado: mandava pro chuveiro…Descanse em paz meu professor! Abraço de condolências aos amigos Heldio e Helder, extensivo a toda a família. 😢