A mulher é toda graça que entrelaça, sobretudo, vidas, sobrevidas, amores e dissabores e permanece incólume, digna, em plenitude indubitável. Pecado capital seria se esquecêssemos das nossas Marias, não à toa um primeiro nome democrático que, na gênese hebraica, significa mulher soberana.
Tal qual a da Penha, a Maria de lei, símbolo e inspiração do lugar de fala e proteção da feminilidade. Representante da resiliência, veja, uma palavra tão alvissareira é feminina, onde suas lutas pelo respeito a milhões está a completar a maioridade. E que venham mais 18 infinitudes.
Mulheres são os plurais até de vivências singulares, pois nos ensinam, com as notas vocais mais intensas e afinadas, que viver é cantar, inspirar e amar, mesmo sob intempéries. São quadros atemporais pintados na exposição de nossas almas, desde que elas nos oferecem as primeiras pinceladas de nossas luzes vitais. eu sou mulher, todos são mulheres. Que o diga o cromossomo XX.
Glórias às mulheres, sempre! Que no cerzir da História, independente se conquistando ou resistindo, sofrendo os mais vis preconceitos e desigualdades, ainda vêm arquitetando seus caminhos com garbosa postura. Demonstrando que o lado sombrio das sociedades pode se transformar em um arco-íris de serenidade e retidão.
Conviver com a feminilidade é endossar a vida, é ter a venusta certeza de que a humanidade se faz como uma comunhão mais fraterna e igualitária. Pode parecer pueril e óbvio solicitar aos homens que só transcende quem admite que a mulher é igual em direitos, deveres, comportamentos e posições de trabalho. Afinal, SER é não estar ser humano.
A existência das mulheres significa a nossa. Todas as mulheres são o útero do planeta, são a luz, como citado mais acima, que nos salvaguarda por nove meses, nos apresenta a um mundo repleto de adversidades, mas que continua a nos proteger, mesmo adultos. O espírito feminino é deveras sinônimo de amor.
E mesmo quando a melancolia traz adversidades, dói de um lado, mas a esperança vai renascer no outro. O amor só persevera com o conforto da liberdade. E as mulheres sempre serão o amor, desde que sejam combatidos as libertinagens e os descômodos em espaços de lutas femininas em mais quantidade e qualidade.
“Maria, Maria, é um dom, uma certa magia
Uma força que nos alerta
Uma mulher que merece viver e amar
Como outra qualquer do planeta…”
Trecho de “Maria, Maria”, composição: Fernando Brant & Milton Nascimento.