Uma breve apresentação até inaugurarmos, neste texto, o novo “Gigante da Favela“. O início da década de 50 apresentou um contexto de superação e transformação para o mundo, principalmente nos sistemas político, social e econômico. Cinco anos antes, findava o mais brutal e destrutivo conflito entre países da História, a Segunda Guerra Mundial. Até o futebol, esporte que começava a ganhar o status de um dos mais amados do planeta, teve que se reajustar àquela época.
Este esporte, mesmo tendo sofrido um hiato de 12 anos sem a realização de uma Copa do Mundo – as primeiras ocorreram em 1930, 34 e 38 –, foi se alinhavando àquela conjectura, quando os países mundo afora promoveram seus campeonatos nacionais até suas seleções terem uma relativa e literal musculatura para ir ao Brasil, que sediou a quarta edição do evento, a Copa de 1950, nostalgia um tanto indigesta para o povo brasileiro.
Resgate histórico joga com ‘fair play’
Mas, o que este cenário tem a ver com a inauguração plena do novo centro de esportes Glicério de Souza Marques, em Macapá, em pleno 2024? Cinco meses antes do início do torneio mundial no Brasil, em janeiro de 1950, era inaugurado o primeiro campo de futebol da capital do então Território Federal do Amapá, o Estádio Municipal de Macapá que foi renomeado anos depois para o atual Glicério Marques.
A Copa do Mundo iniciou em 24 de junho do mesmo ano e iria findar no dia 16 de julho. E, para completar o comparativo histórico do hoje renovado complexo, foi no imponente e lotado Maracanã, inaugurado também em janeiro de 50, mas cinco meses depois do contemporâneo Glicério Marques, que a Seleção Canarinho foi derrotada pela Celeste, a seleção do Uruguai, por 2×1, de virada.
Mas, virada no placar, de fato, ocorreu na Macapá do Século XXI. Após contrapartidas parlamentares (oriundas do ex-deputado Evandro Milhomen e do senador Davi Alcolumbre (@davialcolumbre)) e investimentos do Executivo Municipal (números beiram os R$ 20 milhões), a população amapaense passou a ter mais uma opção de exercícios, lazer e práticas esportivas diversas (mais de 30 modalidades) em um só lugar, o Complexo Esportivo Glicério Marques.
O prefeito Antônio Furlan (@dr.furlan), acompanhado de autoridades da política e do esporte, como o presidente da Federação de Futebol do Amapá – FAF (@faf_ap), Netto Góes (@nettogoes), descerrou a placa de inauguração, o que significava a quarta etapa do processo de construção do alvissareiro centro de esportes, na tarde deste sábado, 17. Após a inauguração, houve a reestreia de jogos oficiais no gramado do ‘Glicerão’, 10 anos após a última partida. O E.C. Macapá perdeu para o Oratório R.C pelo placar de 2×1.
Prefeito de Macapá, Dr. Furlan (@dr.furlan)
Reestruturação de todo o prédio administrativo, novas arquibancadas e vestiários, espaços para novas modalidades como skate e lutas diversas, além do revitalizado gramado (com grama sintética) e um Memorial Esportivo sobre a história do futebol tucuju. São alguns exemplos do que oferece à população o ‘Gigante da Favela’ – Favela foi um bairro que hoje é o Centro de Macapá.
Memorial Esportivo sobre a história do futebol tucuju
Por fim, este parâmetro histórico ainda possui uma ligação com o nome do novo complexo. Glicério de Souza Marques, no governo de Janary Nunes, foi nomeado para familiarizar o escotismo junto à sociedade daquela época. E, para a convergência histórica final, foi convidado pelo governador para presidir a outrora Federação de Desportos e Sociedade Artística de Macapá, o equivalente, hoje, à Federação Amapaense de Futebol (FAF). Glicério partiu em 25 de dezembro de 1955, uma data de nascimentos. Nos dias correntes de 2024, além do futuro, o ‘Glicerão’ renasce, se renova e se reinventa na modernidade.
2 respostas
Além de informar sobre a revitalização do estádio, o que é uma ótima notícia, leva à população importantes informações históricas, por esta desconhecidas, sobre o agora Complexo Esportivo Glicério de Souza Marques. Parabéns ao Raul Mareco pela ótima matéria e à Prefeitura de Macapá pelo excelente feito. 👏🏻👏🏻👏🏻
Bravo.👏👏👏👏👏