Em Macapá, nesta quarta-feira (20), agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes da Polícia Federal (DRE-PF), com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Amapá (GAECO) e de Policiais Militares, cumpriram cinco mandados de busca e apreensão a traficantes.
A Operação Donuts foi uma atuação interestadual que também envolveu agentes da PF nas cidades de Campo Grande (MS) e Itajaí (SC). Em Macapá, os mandados foram cumpridos nos bairros Infraero I e Cidade Nova.
As ordens judiciais tinham o objetivo de cessar o tráfico de drogas entre o Amapá, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina. Especificamente no transporte aéreo de entorpecentes, onde os criminosos utilizavam o Aeroporto Internacional de Macapá para cometer os ilícitos.
A incursão federal é um desdobramento de uma outra operação, cumprida em 2023, quando foi descoberta uma rede de seleção de “mulas do tráfico” que estavam se deslocando através de aviões de carreira. Segundo as atuais investigações, só um individuo teria transportado 60 quilos de cocaína.
Os criminosos têm habilidade de manipular as “mulas”, algumas pessoas que sequer entraram alguma vez em uma delegacia, mas pelo baixo poder aquisitivo são tentadas ao transporte de drogas e acabam sendo associadas ao tráfico. E com a grande possibilidade, inclusive, de ir a óbito se as cápsulas de droga que uma pessoa ingere – que é um dos meios para fazer o transporte da droga – estouram.
É uma das práticas que os traficantes usam para não ser presos e burlar as autoridades. A PF e o GAECO dizem que os criminosos voltaram a selecionar indivíduos para o transporte dos entorpecentes a partir do Aeroporto Internacional do Amapá, na tentativa de dificultar a ação das autoridades na captura das drogas e dos próprios traficantes.
Os investigados poderão responder pelos crimes de tráfico interestadual de drogas, associação para o tráfico e organização criminosa. Se condenados, as penas podem ultrapassar 30 anos de reclusão, mais pagamento de multa.