Outubro Rosa – por Edinho Duarte

No último domingo de outubro de 2023, vamos fazer uma reflexão sobre o tema “Outubro Rosa” - movimento Internacional de conscientização para o controle do câncer de mama, criado no início da década de 1990 pela Fundação Susan Komem For The Cure.
Outubro Rosa
Outubro Rosa

O mês de Outubro já é conhecido mundialmente como um mês marcado por ações afirmativas, relacionadas à prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama.

Mas as pessoas perguntam qual a importância do outubro Rosa no Brasil?

Trata-se de uma campanha que tem como objetivo, alertar mulheres e sociedade sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama e, mais recentemente, também sobre o câncer de colo do útero.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), para cada ano do triênio 2020-2022, estima-se que foram diagnosticados 16.590 novos casos de câncer de colo do útero no Brasil, com um risco estimado de 15,43 casos a cada 100.000 mulheres, ocupando a terceira posição.

Segundo a estimativa do Instituto Nacional do Câncer, do Ministério da Saúde em cada ano do triênio 2020-2022, o Amapá teve, em média, 860 novos casos de câncer, sendo 52,3% em homens e 47,7% em mulheres. Os males na próstata, estômago, colo do útero, são mais de 1/3 do total.

No crepúsculo do mês de outubro, além do câncer de mama, estamos chamando atenção também para os cânceres de colo do útero. E no dia 27 de novembro, o dia Nacional de Combate ao câncer, vamos reforçar as lembranças das batalhas travadas diariamente contra uma das maiores e mais fatais doenças no mundo pós-moderno.

O mês de outubro está indo embora, mas o objetivo da campanha vai continuar; compartilhando informações sobre o câncer; promovendo todos os dias de todos meses a conscientização sobre essas doenças; proporcionando às pessoas a possibilidade de maior acesso aos serviços de diagnóstico; e contribuindo para a redução da mortalidade.

O médico mastologista, ginecologista e obstetra, Antônio Sergio da Silva Carvalho, falou sobre o tema na mídia local, chamando atenção para os cânceres de colo do útero na nossa região (Norte), sendo este o mais incidente entre as mulheres. Antônio Sérgio é especialista em câncer do colo do útero, ovário e mama, ou seja, a área genital feminina:

Aqui na nossa região, fora o câncer de pele, o câncer de colo do útero é a doença mais incidente. Para se ter ideia, no meu consultório particular, já atendi entre seis a sete pacientes com câncer do colo do útero localmente avançado, ou seja, são aqueles casos em que você não consegue mais fazer a retirada do tumor e a paciente precisa ser encaminhada para radioterapia e quimioterapia imediatamente. E isso apenas no meu consultório, não estamos falando da rede pública [SUS], portanto, o câncer de colo do útero é o de maior frequência entre as mulheres da nossa região, disse o médico.

O ginecologista também declarou existir muitas dúvidas sobre o câncer de mama. Entre essas dúvidas está a de que a doença é totalmente genética: “no caso do câncer de mama apenas 10% é de herança genética. 90% é familial, tendo como fatores envolvidos a dieta inadequada, poluição ambiental, estresse do dia a dia, dentre outros. As pessoas, nas regiões sul e sudeste, estão mais expostas a esses fatores, podendo desenvolver a lesão”, explica.

Antônio Sérgio afirmou que a detecção precoce proporciona ao médico fazer um diagnóstico do câncer antes que ele se agrave, conseguindo mais eficácia no tratamento e cura: “a qualidade de vida e exames de rastreamento são fundamentais. Podemos citar o preventivo, mamografia, colposcopia, Temos profissionais altamente gabaritados para todas as áreas do câncer, cujo tratamento é multidisciplinar. Mas, infelizmente, não temos uma rede pública estruturada para isso. Veja bem, essa não é uma discussão política, mas, técnica. Às vezes se perde um paciente por não ter o equipamento para radioterapia. Em outros casos, o paciente morre por ter parado o tratamento. Motivo: não havia medicação para continuar a quimioterapia. Então, é uma discussão que envolve profissionais, governos e toda a sociedade”, concluiu o médico.

IJOMA – ESPERANÇA DE CURA

Aqui no Amapá o Instituto Joel Magalhães (IJOMA), realiza atendimento a mulheres com consultas, com médicos especialistas e realização de exames, além de rodas de conversas, palestras e a tradicional caminhada.

E para finalizar destaco aqui as minhas homenagens ao Padre Paulo, ao jornalista Cézar Bernardo, símbolos desta luta sem trégua de combate ao câncer; e a todos os voluntários e vítimas de câncer no Amapá, que nos transmitem a certeza de que as respostas para as enfermidades, que há tempos incomoda a humanidade, estão na alma de cada um de nós.

Por: Edinho Duarte – Jornalista e pedagogo

Fonte de pesquisa: Diário do Amapá

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