A estrutura inclui uma sonda, 12 embarcações, três helicópteros, um Centro de Defesa Ambiental e dois Centros de Despetrolização e Reabilitação de Fauna – um em Belém, em operação desde 2023, e outro em Oiapoque, com conclusão prevista para o primeiro trimestre deste ano.
“A construção da unidade de fauna em Oiapoque foi licenciada pela nossa Secretaria de Estado do Meio Ambiente, atendendo a todos os requisitos, e deve ser concluída em março. Se esse era o último requisito, ele deveria ter sido colocado como condicionante, para que pudéssemos nos preparar da melhor maneira possível, sem abrir mão das questões ambientais. Não há incompatibilidade nesse sentido”, destacou o governador Clécio Luís.
As duas unidades de acolhimento à fauna são a última exigência para a licença de exploração na região. Em outubro de 2024, o Ibama indeferiu o pedido da Petrobras para explorar petróleo na costa do Amapá, citando a adequação da estrutura de resposta e a proximidade de locais para atender à fauna como pontos críticos.
No aspecto fluvial, seis embarcações serão dedicadas ao resgate de fauna, com veterinários e profissionais de prontidão. Outras seis embarcações atuarão na contenção e recolhimento de óleo, operando em esquema de carrossel, sempre próximas à sonda. Além disso, haverá um porto em Belém e um aeródromo em Oiapoque.
“É uma estrutura que vamos usar só em casos necessários. A Petrobras conduz o projeto com total segurança, sem riscos adicionais. Apresentamos todos os estudos e equipamentos necessários para garantir a proteção ambiental. Nossa equipe conhece bem a área, realizando incursões constantes”, afirmou o gerente-geral de Licenciamento e Conformidade Ambiental da Petrobras, Gustavo Limp.
As pesquisas sobre o potencial petrolífero na Margem Equatorial, que vai do Amapá ao Rio Grande do Norte, estão concentradas no bloco FZA-M-59, a 2.880 metros de profundidade. A Petrobras já perfurou mais de 3 mil poços nessas condições sem causar danos ambientais.
Marcos Valério Galvão, gerente geral de Exploração da Margem Equatorial, explicou que o mapeamento do petróleo leva cerca de cinco meses, mas que a descoberta efetiva pode demorar anos. Ele reforçou a importância de agilizar as licenças para permitir o devido planejamento.
“É uma indústria de ciclo longo e capital intensivo. Demora cerca de 8 anos desde a descoberta até o uso efetivo da riqueza mineral, com projetos de longo prazo e uma vida útil de 30 anos. Acreditamos ser justa a preocupação ambiental. Estamos a 2.880 metros de profundidade, por isso, utilizamos equipamentos de última geração”, finalizou Galvão.