24 de maio de 24. Brasil registra número histórico de mortes por dengue

Segundo painel do Ministério da Saúde que informa os cálculos sobre a dengue, Amapá possui números preocupantes, apesar de queda de casos prováveis nos municípios.
Foto: Jorge Júnior/GEA

O Brasil atingiu um triste e histórico recorde negativo em 2024, registrando, neste momento, 3.038 óbitos causados pela dengue, de acordo com dados divulgados hoje, 24, pelo Painel de Monitoramento de Arboviroses (PMA) do Ministério da Saúde. Este é o maior número de falecimentos por conta da doença desde o início da série histórica compilada pela pasta em 2000. Além disso, 2.679 óbitos estão sob investigação, o que pode elevar ainda mais o número de vítimas fatais.

O PMA também reportou 5.239.876 casos prováveis de dengue em 2024. Em relação a casos graves, o Brasil contabiliza 38.921 incidências, a maioria concentrada na região Sudeste. A taxa de letalidade em casos prováveis, ainda segundo o painel, é de 0,06 e a de letalidade em casos graves é 4,93

Foto: Nuzzee/Pixabay

Em termos de Unidades Federativas com mais óbitos no país, São Paulo com 812, seguido por Minas Gerais com 525, Paraná com 372, Distrito Federal com 365 e Santa Catarina com 218 óbitos. Estes estados também apresentam o maior número de casos graves da doença: São Paulo com 13.738, Minas Gerais com 9.690, e Paraná com 8.779. Notadamente, os estados do Acre e Roraima ainda não registraram nenhum óbito.

O número de mortes confirmadas até agora é 2,5 vezes maior do que o total registrado em 2023, quando 1.179 brasileiros perderam a vida devido à dengue. Esta situação evidencia a gravidade e a urgência de intensificar as ações de prevenção e controle da doença em todo o país, além da conscientização massiva para evitar que a doença se alastre ainda mais. 

Apesar destes números ainda expressivos, o Ministério da Saúde indica uma recente queda nos casos. Dados do painel mostram que o número de novas infecções na última semana epidemiológica equivale a menos de um terço dos casos registrados na semana anterior, apontando para uma possível desaceleração da epidemia.

Foto: Gabriel Maciel/Sesa

Apesar dessa diminuição, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente (VSA) do MS, a epidemiologista Ethel Maciel, reforça a importância da continuidade das medidas de prevenção e controle. “Mesmo com a redução no número de casos, é crucial que tanto gestores quanto a população mantenham os cuidados necessários para evitar novos surtos, é preciso que as pessoas leiam mais sobre as vacinas, reforçou a secretária.

CASOS NO AMAPÁ TENDEM A DIMINUIR, SEGUNDO MS

De acordo com o MS, o Amapá é um dos 24 estados que podem melhorar as estatísticas sobre redução de casos, observação baseada em dados da vigilância epidemiológica federal. Em fevereiro, o governador Clécio Luís chegou a declarar estado de emergência no município de Oiapoque, prontamente aceito pelo Governo Federal, através do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, conduzido pelo ministro Waldez Góes, pelo alto contágio de dengue em Oiapoque.

O demonstrativo do Painel de Monitoramento das Arboviroses, divulgado nesta tarde, mostra porcentagens negativas consideráveis sobre o Amapá. Os casos prováveis de dengue subiram de 5.628 para 5.812. Em 2023, o número registrado foi 329, portanto, há uma elevação surpreendente alarmante de quase 2.000% e a porcentagem anterior estava em 1.610%

O coeficiente por incidência, que é calculado a cada 100 mil habitantes, se manteve em 792,4. O coeficiente ou taxa de incidência, é uma medida utilizada para avaliar a frequência de novos casos em um grupo de pessoas expostas ao mesmo risco. A métrica é essencial para investigar e analisar surtos de doenças. Sobre casos prováveis entre homens e mulheres, houve um leve aumento no público masculino. Na medição anterior, 44,8%, hoje 47,8%. Em relação às mulheres, os mesmos 55,2% do levantamento anterior se manteve.

Em relação a casos notificados, o Amapá possui 1.280 segundo a Superintendência de Vigilância em Saúde do Amapá (SVS), sendo que 402 confirmados com dengue. Inerente a 2023, é uma alta preocupante de 232,2%. 

Em abril, o Ministério da Saúde informou que o índice da taxa de letalidade em casos prováveis do Amapá, era de 0,05%. O painel do MS demonstrou, hoje, uma elevação a 0,12%, enquanto que nos casos graves esse parâmetro era de 4,35%, passou a 10,61%. Ainda sobre o levantamento, há 66 casos graves e com sinal de alerta. Sete são os óbitos confirmados por dengue no Amapá.

Os municípios do Amapá, de acordo com o levantamento mais atual do PMA-MS, com casos prováveis: 

  • Macapá – 791 casos
  • Tartarugalzinho – 593 casos
  • Calçoene – 508 casos 
  • Laranjal do Jari – 435 casos
  • Oiapoque – 341 casos
  • Santana – 230 casos
  • Porto Grande – 67 casos
  • Mazagão – 26 casos
  • Vitória do Jari – 09 casos
  • Pracuúba – 08 casos
  • Ferreira Gomes – 07 casos
  • Serra do Navio e Itaubal – 06 casos
  • Amapá – 02 casos
  • Pedra Branca do Amapari e Cutias têm 1 caso

VACINAÇÃO AINDA INCIPIENTE

Desenvolvida pela Takeda, a vacina foi aprovada mais recentemente e é indicada para pessoas a partir de 4 anos de idade, independentemente de terem tido dengue antes ou não. A Qdenga é administrada em duas doses, com um intervalo de três meses entre as doses. Foto: Vivian Honorato

A vacinação contra a dengue no Amapá está ocorrendo nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) dos municípios. Em Macapá, por exemplo, os imunizantes estão disponíveis em todas as UBSs da capital, segundo a SVS. 

A vacina é administrada em duas doses, com um intervalo de três meses. É importante completar o esquema de vacinação para garantir a eficácia da imunização. Até o dia 16 deste mês, 2.500 crianças e adolescentes, de 10 a 14 anos, receberam a primeira dose do imunizante. Para a campanha, o Amapá recebeu do Governo Federal mais 25.376 doses da vacina, para inserir a faixa etária entre 04 e 59 anos.

Lista de Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Macapá. A conscientização sobre doenças como a dengue é a primeira das vacinas. Vá até uma UBS e imunize a sua vida.

  1. UBS Marabaixo
  • Endereço: Avenida Maria de Oliveira Santana, s/nº, Bairro Marabaixo II
  1. UBS Lélio Silva
  • Endereço: Rua Claudomiro de Moraes, 734, Bairro Buritizal
  1. UBS Congós
  • Endereço: Avenida 13 de Setembro, s/nº, Bairro Congós
  1. UBS São Pedro
  • Endereço: Rua Benedito Lino do Carmo, s/nº, Bairro Beirol
  1. UBS Pacoval
  • Endereço: Avenida Carlos Lins Cortês, s/nº, Bairro Pacoval
  1. UBS Perpétuo Socorro
  • Endereço: Avenida Perimetral Norte, s/nº, Bairro Perpétuo Socorro
  1. UBS Pedrinhas
  • Endereço: Avenida Fab, s/nº, Bairro Pedrinhas
  1. UBS Brasil Novo
  • Endereço: Rua Eliezer Levi, s/nº, Bairro Brasil Novo
  1. UBS Novo Horizonte
  • Endereço: Rua Inspetor Marcelino, s/nº, Bairro Novo Horizonte
  1. UBS Zerão
    • Endereço: Avenida João Guerra, s/nº, Bairro Zerão

Estas unidades, além de vacinas, oferecem diversos serviços de saúde à população, incluindo consultas médicas, procedimentos odontológicos, atendimento psicológico, entre outros. Para informações mais detalhadas e atualizações, tu podes consultar o site da Prefeitura de Macapá.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política de Privacidade

Utilizamos cookies para oferecer melhor experiência, melhorar o desempenho, analisar como você interage em nosso site e personalizar o conteúdo. Mais detalhes na Política de Cookies em nossa Política de Privacidade.