Grupo de Bombas e Explosivos da PF: 20 anos de excelência

O Grupo de Bombas e Explosivos (GBE) da Polícia Federal (PF), atua há 20 anos como uma força essencial na segurança pública do Brasil. Desde a sua criação, em 2004, o GBE tem sido fundamental no desarmamento de explosivos, desmantelamento de redes criminosas e proteção da vida dos cidadãos. O grupo é bastante atuante no Amapá, como o combate aos garimpos ilegais.
Foto: Polícia Federal
Foto: Polícia Federal

O Grupo de Bombas e Explosivos (GBE) da Polícia Federal (PF), um dos grupos de elite da PF, há 20 anos vem sendo uma força essencial na segurança pública do Brasil. Desde a sua criação, o GBE tem desempenhado um papel fundamental no desarmamento de dispositivos explosivos, combate a garimpos ilegais, desmantelamento de redes criminosas e proteção da vida dos cidadãos.

Destruição de duas balsas que serviam ao garimpo ilegal. Protocolo sempre seguido à risca pelo GBE. Foto: Polícia Federal

Ao longo dessas duas décadas, os policiais do GBE demonstraram um compromisso inabalável com a segurança pública, enfrentando diariamente situações de extremo risco. Com treinamento rigoroso e uma preparação meticulosa, esses profissionais estão sempre prontos para agir em cenários críticos, onde cada decisão pode significar a diferença entre a vida e a morte.

O trabalho dos policiais federais não se limita ao desarmamento de explosivos. O grupo também realiza investigações detalhadas, colaborando com outras unidades da Polícia Federal e forças de segurança para combater o crime organizado. As operações bem-sucedidas ao longo dos anos são um testemunho da competência e dedicação desses policiais. Em casos de garimpos ilegais, o GBE também tem a função de destruir equipamentos e maquinários usados nestes locais. A coragem e a expertise dos membros do GBE são amplamente reconhecidas, não apenas no âmbito nacional, mas também internacionalmente. A participação em missões e treinamentos conjuntos com forças de segurança de outros países reforça a importância e a excelência do grupo.

Policiais federais literalmente preparando o terreno para destruir os maquinários que servem ao garimpo ilegal. Repare que os criminosos tentam esconder o veículo na mata. Foto: Polícia Federal.
A mesma situação, outro GBE armando para a explosão do equipamento clandestino. Foto: Polícia Federal.

GBE: FONTE DE ADRENALINA

Além das operações contra o garimpo ilegal, o Grupo de Bombas e Explosivos (GBE) da Polícia Federal, atua em uma variedade de situações críticas, como a investigação prévia de possíveis atentados à vida, ou estar psicologicamente equilibrados para evitar uma tragédia. Abaixo, três exemplos de excelência dos policiais do GBE:

Missão cumprida. A destruição de equipamentos como este gera um prejuízo substancial para os garimpeiros ilegais. Foto: Polícia Federal
Mais um esquipamento do crime destruído. Foto: Polícia Federal.

TENTATIVA DE TERRORISMO – no final de dezembro de 2022, um bolsonarista extremista foi preso após uma tentativa de explodir uma bomba no Aeroporto Internacional de Brasília. O suspeito, George Washington de Oliveira Sousa, havia preparado um artefato explosivo com o intuito de causar caos e pânico. 

George instalou uma bomba (confirmado pelo GBE), ao lado de um caminhão que transporta combustíveis, a poucos metros do Aeroporto de Brasília. Acusado de atentado a bomba, é bolsonarista convicto. Foto: Wilton Júnior.

A atuação do Grupo de Bombas e Explosivos (GBE) da Polícia Federal foi decisiva para evitar uma tragédia. A equipe foi acionada assim que o dispositivo suspeito foi identificado. Com treinamento especializado e vasta experiência em situações de alto risco, os policiais do GBE agiram com rapidez e precisão para neutralizar o artefato. O GBE seguiu um protocolo rigoroso de segurança, que incluiu a evacuação de áreas próximas e a utilização de equipamentos de proteção e robôs para a inspeção inicial do explosivo. A neutralização do dispositivo foi realizada com sucesso, e o local foi declarado seguro, evitando qualquer dano às pessoas ou à infraestrutura do aeroporto.

A prisão de George Washington de Oliveira Sousa foi resultado de uma operação coordenada entre várias unidades de segurança. A investigação revelou que ele era um apoiador fervoroso do então presidente Jair Bolsonaro e tinha intenções de utilizar o explosivo como forma de protesto contra a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. O caso destacou a importância do GBE da Polícia Federal na proteção da segurança pública. A habilidade técnica e a coragem dos policiais foram essenciais para desarmar a ameaça e prevenir um potencial catástrofe.

COPA DO MUNDO 2014 – o GBE desempenhou um papel fundamental na segurança dos estádios e áreas de grande concentração de público. O grupo foi responsável por realizar varreduras preventivas nos locais dos jogos e em áreas adjacentes, identificando e neutralizando possíveis ameaças explosivas.

O GBE conduziu inspeções minuciosas utilizando equipamentos especializados, como robôs desarmadores de bombas e detectores de explosivos. Além disso, esteve de prontidão para responder rapidamente a qualquer ameaça identificada. Além disso, trabalhou em estreita colaboração com forças de segurança internacionais, integrando operações para garantir um ambiente seguro para turistas e atletas. Graças à atuação preventiva do GBE, nenhum incidente grave, sequer indícios relacionados a explosivos, foi registrado durante o evento.

RIO 2016: AMEAÇA DE BOMBA – durante os Jogos Olímpicos, sediados pelo Rio de Janeiro, antes da partida de Basquete entre Nigéria x Espanha, uma suposta ameaça de bomba chegou ao comando do GBE. O objeto era uma mochila e foi averiguado que havia um tablet e peças de roupa no interior. Para afastar qualquer dúvida, os policiais federais decidiram neutralizar o objeto, uma pequena implosão, dentro do protocolo. Esta foi a principal ocorrência da Operação Marco Zero daquele período olímpico. A operação foi um sucesso, prevenindo um possível desastre durante um evento de grande importância mundial. A atuação do GBE garantiu a segurança dos atletas, espectadores e residentes, demonstrando a eficácia e a importância do grupo em situações de alto risco.

GBE TEM TIDO DESTAQUE NO AMAPÁ

A Operação Águas de Prata teve três fases que resultaram em apreensões, prisões e destruições de maquinários e equipamentos de garimpos ilegais em algumas regiões de Pedra Branca do Amapari, município a 200 km da capital Macapá. A operação foi batizada assim porque o mercúrio, utilizado por garimpeiros clandestinos, é um metal líquido de cor prata e que pode causar diversos danos ao meio ambiente.

Destruição de mais balsas do garimpo ilegal. Foto: Polícia Federal.
O Núcleo Especial de Polícia Marítima (Nepom), também da Polícia Federal, sempre no apoio. O Nepom atua bastante em Oiapoque por conta da fronteira. Foto: Polícia Federal

Nas três operações realizadas e comandadas pela Polícia Federal (PF), outros órgãos como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e outras forças de segurança do Amapá, como Polícia Civil, Batalhão de Operações Especiais (Bope), além do Exército Brasileiro. Em abril de 2023, na primeira fase da operação, o alvo foi o garimpo São Domingos, onde as autoridades realizaram apreensões e destruições de equipamentos próprios da garimpagem ilegal. O GBE foi fundamental na inutilização de equipamentos de mineração e na desativação de explosivos e outros materiais perigosos, assegurando a segurança das operações.

Na segunda Operação Águas de Prata, desta vez concluída em outubro de 2023, a força-tarefa expandiu as ações para novas áreas de garimpo ilegal no Amapá, resultando na inutilização de equipamentos de mineração e na prisão de indivíduos envolvidos nas atividades ilegais. Em fevereiro deste ano, ocorreu a terceira fase da Operação Águas de Prata, intensificando as ações contra o garimpo ilegal, utilizando tecnologias avançadas para identificar e desativar explosivos com precisão. Esta operação resultou na destruição, pelo GBE, de equipamentos de mineração e na captura de indivíduos que já eram investigados por operações ilegais contra a biodiversidade.

Garimpeiros ilegais destroem o ecossistema onde extraem o ouro. São danos irreparáveis. Bom mesmo é ver o “ecossistema” deles ser destruído. Quanto mais prejuízos para os que não estão na legalidade, melhor. Foto: Polícia Federal.

COMENTÁRIOS DE ELITE PARA UM GRUPO DE ELITE

O Coronel da Reserva da Polícia Militar de São Paulo, Eduardo Fernandes, doutor em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública e diplomado em “Investigações de Ameaças Terroristas” pelo Departamento de Estado Americano, entre outros títulos, falou da excelência dos policiais federais que fazem parte do GBE. “O GBE da Polícia Federal é uma unidade de elite cuja preparação técnica e tática é exemplar. Eles não apenas desarmam explosivos, mas também atuam de maneira preventiva, realizando investigações detalhadas que muitas vezes resultam na prevenção de atentados e outros crimes graves”, analisou. O doutor e coronel ainda sustentou que a atuação do GBE é vital para a segurança nacional. “A equipe é altamente treinada e preparada para lidar com ameaças complexas, mostrando uma capacidade de resposta impressionante em situações críticas”, completou.

A professora Ana Paula da Silva, mestra em Criminologia e especialista em segurança, destacou a importância do grupo de elite da Polícia Federal. “A equipe do GBE é composta por profissionais altamente treinados que estão preparados para lidar com as situações mais extremas e perigosas. Ana Paula também elogiou a dedicação e a coragem dos membros do GBE: “A capacidade de reação destes policiais, quanto ao risco iminente, é louvável, não à toa são policiais federais treinados por uma das maiores e melhores polícias federais do mundo”, terminou a professora. 

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