O projeto, que nasceu durante as aulas de metodologias restaurativas na sala de Atendimento Educacional Especializado (AEE), busca eliminar barreiras enfrentadas por idosos, autistas, obesos e pessoas com limitações físicas ou mentais ao utilizar embarcações típicas da região amazônica.
“Tenho orgulho do que projetei e preciso registrar que tive apoio da escola, da orientadora e da minha família. O projeto está tendo visibilidade, nunca viajei para outro estado, mas ano que vem, graças à ele, representarei o Amapá em uma feira que acontecerá em Jaraguá do Sul, em Santa Catarina”, destacou Alerrando, que concluiu o 1º ano do ensino médio e avançará para o 2º em 2025.
O protótipo foi premiado na 12ª Feira de Ciências e Engenharia do Amapá (Feceap), recebendo credenciamento para a Feira Brasileira de Iniciação Científica (Febic), que ocorrerá em Jaraguá do Sul, Santa Catarina, no próximo ano.
A orientadora Laudicléia Pires foi uma das inspirações para o aluno. Cadeirante por cinco anos devido a um tumor na medula, ela compartilhou com Alerrando as dificuldades de acessibilidade enfrentadas nesse período. “Ele surpreendeu ao criar algo tão inclusivo e viável. Esse projeto prova que limitações não impedem a criatividade e a inovação”, ressaltou a professora.
O barco acessível conta com soluções como elevador, pisos táteis, banheiros adaptados, camarotes com barras de apoio e espaços equipados para atender pessoas idosas, autistas e crianças. O design cumpre as Leis sobre os Direitos e Segurança das Pessoas com Deficiência (PCD), garantindo inclusão, acessibilidade e conforto em viagens fluviais.
O reconhecimento ao projeto é uma conquista não apenas para Alerrando, mas também para a educação pública do Amapá, evidenciando o impacto positivo da ciência e da inclusão no desenvolvimento social.