Amapá terá biofábrica do pescado e plano estratégico para fortalecer pesca e aquicultura

O Amapá contará com uma biofábrica do pescado e um plano estratégico para impulsionar as atividades de pesca e aquicultura em todo o estado. O anúncio foi feito pelo ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, durante o encerramento do 2º Workshop de Pesca Esportiva e Amadora no Amapá – Desenvolvimento Responsável e Sustentável, realizado na sexta-feira (30).
Foto: Divulgação/MIDR
Foto: Divulgação/MIDR

Na ocasião, foi apresentado o Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento da Pesca e Aquicultura do Amapá, elaborado pelo programa Rotas de Integração Nacional, do MIDR. O evento também contou com a presença do ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula, do secretário nacional de Desenvolvimento Regional e Territorial do MIDR, Daniel Fortunato, e do secretário nacional de Fundos e Instrumentos Financeiros do MIDR, Eduardo Tavares.

Segundo Waldez Góes, a biofábrica será construída no município de Tartarugalzinho e vai atender todo o estado, com produção de alevinos e desenvolvimento de tecnologias voltadas a pescadores e aquicultores.

“Essa biofábrica será fundamental para apoiar quem trabalha no mar, nos rios, igarapés e na piscicultura. Esse evento reafirma o compromisso do governo do presidente Lula com o Amapá e, especialmente, com os produtores da pesca”, afirmou o ministro.

O secretário Daniel Fortunato destacou que o diagnóstico é um instrumento essencial para orientar políticas públicas eficazes.

“O documento representa a realidade de pescadores e aquicultores. Com ele, governos federal, estadual e municipais podem alinhar esforços para fortalecer o setor e ampliar as oportunidades para o desenvolvimento do Amapá”, ressaltou.

Para o ministro André de Paula, o fortalecimento da pesca no estado é resultado de um trabalho conjunto.
“Essa é uma ação integrada entre o MIDR, o Ministério da Pesca e Aquicultura, o Ministério do Turismo e outros órgãos. Acredito que esse esforço fará a diferença para tornar a pesca e a aquicultura do Amapá cada vez mais fortes e sustentáveis”, afirmou.

Principais dados do Diagnóstico da Pesca e Aquicultura do Amapá:

  • A atividade é exercida majoritariamente por homens, entre 50 e 74 anos, com baixa escolaridade. Cerca de 42% têm renda mensal de até um salário mínimo e dependem do seguro-defeso.
  • A pesca emprega diretamente cerca de 15 mil pessoas no estado.
  • A cadeia produtiva da pesca e aquicultura pode representar até 9% do PIB estadual até 2035, desde que sejam implementados o ordenamento, controle e formalização do setor.
  • O consumo de pescado no Amapá é um dos maiores do Brasil, com média anual de 25 kg por habitante.
  • Os principais produtores da pesca artesanal são os municípios de Macapá e Santana. A Piramutaba lidera como espécie mais capturada, com 13% das 18 mil toneladas produzidas.
  • A aquicultura apresenta grande potencial de crescimento. Em 2024, produziu 1.200 toneladas, com destaque para a Pirapitinga. Macapá lidera a produção, cultivando também Tambatinga e Tambaqui.
  • O estado exporta mais de 11 mil toneladas de pescado, confirmando a força da pesca artesanal no Amapá.

O diagnóstico foi elaborado com base em atividades desenvolvidas de julho de 2024 a janeiro de 2025, nos 16 municípios do estado, reunindo dados sociais, produtivos e de infraestrutura. O objetivo é subsidiar políticas públicas para fortalecer o setor e promover a chamada economia azul, com inclusão produtiva nas comunidades ribeirinhas e costeiras.

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