Localizado no município de Oiapoque, o museu volta a ser administrado por indígenas, reafirmando sua essência como um espaço construído pelos povos indígenas e voltado para toda a sociedade. O retorno do Kuahí é resultado de uma política de Estado que reconhece, respeita e fortalece a autonomia e os saberes tradicionais dos povos originários.
O Museu Kuahí foi inaugurado em 2007, após décadas de articulação do movimento indígena, mas passou um longo período inativo. Agora, renasce como centro de referência em cultura, artes, ciência e tecnologia, com mais de 500 peças etnográficas catalogadas e digitalizadas, disponíveis na plataforma Tainacan.
A estrutura renovada conta com biblioteca, salas de exposição, oficinas, loja de artesanato, maloca, redário e espaços para apresentações culturais. Toda a reconstrução foi conduzida com protagonismo indígena e apoio técnico do Instituto Iepé.
O nome Kuahí, que significa “pacu” — peixe prateado que vive em cardume — simboliza a coletividade dos povos do Oiapoque, diversos, mas unidos em sua ancestralidade. A reabertura será celebrada com uma programação intensa de atividades culturais e artísticas, reafirmando o papel do museu como espaço vivo de memória e identidade.