Segundo a Secretaria de Saúde, apenas entre abril e 20 de maio, o PAI registrou 1.215 casos de síndrome gripal e 257 de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). A taxa de ocupação dos leitos clínicos e de UTI chegou a 100%, com um aumento de 25% nas internações em comparação ao período anterior.
A superlotação levou à reestruturação de fluxos e à adaptação de novas áreas de atendimento, como salas vermelhas (de suporte avançado à vida) e salas brancas (com controle rigoroso de contaminação).
O surto é impulsionado por vírus como o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), Influenza A e B e Covid-19. “Esperávamos aumento de casos por conta do inverno amazônico, mas os números superaram as projeções. O governador Clécio Luís determinou ações imediatas, mas a colaboração da população com os cuidados preventivos é fundamental”, alertou a secretária de Saúde, Nair Mota.
A emergência foi oficializada pelo Decreto nº 5748, com base no Alerta Epidemiológico nº 8 da Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS) e no boletim da Fiocruz (InfoGripe). A rede privada também registra aumento de casos.
Na Maternidade Mãe Luzia, 51 recém-nascidos foram atendidos com sintomas respiratórios desde janeiro, 14 precisaram de UTI e 4 chegaram a ser entubados. Já no Hospital Estadual de Santana, 3.044 pacientes com sintomas gripais foram atendidos entre abril e 20 de maio. A unidade passou a intensificar campanhas educativas para reforçar a prevenção e vacinação.