Estiagem prolongada: Governo do Amapá decreta situação de emergência por 180 dias

O prolongado período de estiagem, que tem gerado prejuízos significativos à pecuária, pesca e agricultura, levou o Governo do Amapá a decretar situação de emergência em todo o estado. O decreto, assinado pelo governador Clécio Luís, prevê uma ação integrada dos órgãos estaduais, com assistência humanitária e apoio às famílias impactadas, especialmente nas comunidades ribeirinhas.
Foto: Divulgação/Bombeiros
Foto: Divulgação/Bombeiros

“Esse foi um ano bem diferente do ano passado, quando toda a Amazônia e nós aqui também corremos atrás do prejuízo. Este ano nós nos prevenimos, montamos um grupo de trabalho ainda do primeiro semestre e começamos a trabalhar na prevenção, na educação e também na repressão. O resultado foi muito bom, e agora, como os efeitos da estiagem se intensificam mais, nós decretamos situação de emergência para continuar com a prevenção”, reforçou o governador Clécio Luís.

A medida, válida por 180 dias, considerou os impactos da seca sobre a propagação de focos de incêndio e os prejuízos ambientais e econômicos, conforme parecer da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil do Amapá (Cedec). O baixo nível de chuvas nos rios, afluentes e igarapés durante o verão amazônico, agravado pelo fenômeno El Niño, tem causado a redução na disponibilidade de água para consumo humano, agricultura e pecuária.

Foto: Divulgação
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Até agora, as áreas mais críticas são o arquipélago do Bailique, em Macapá, que sofre com a salinização do Rio Amazonas, e os municípios de Porto Grande e Oiapoque, onde a estiagem afetou o lençol freático e reduziu o nível dos rios, gerando falta de água. A Vila do Sucuriju, no município de Amapá, também enfrenta problemas semelhantes.

O governador destacou que o decreto abrange todo o estado, mas é aplicado de acordo com a situação específica de cada município.

A Cedec ficará responsável pelas ações de resposta ao desastre, reabilitação e reconstrução, além de garantir assistência às famílias afetadas e promover a conscientização sobre o risco das queimadas e o uso responsável dos recursos hídricos.

O Governo do Estado já organizou ações humanitárias para oferecer serviços como abastecimento de água potável, distribuição de água mineral e entrega de kits de alimentos. Em Oiapoque, aldeias indígenas já sentem os efeitos das altas temperaturas, enquanto, na Região dos Lagos, municípios costeiros sofrem com a salinização e seca dos rios.

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