Dia 21 de janeiro último completou 66 anos da morte do promotor Hildemar Maia, do deputado federal Coaracy Nunes e Hamilton Silva, no trágico acidente ocorrido no Carmo do Macacoari, quando caiu o pequeno avião onde estavam, já de retorno dos festejos de São Sebastião.
Sobre a história da tragédia muito se escreveu. Por isso, me permitam relembrar um folclore relacionado à ela. Essa história foi contada ao Hélio Pennafort pelo comandante João Batista Oliveira Costa, sobre um fato que presenciou no antigo aeroporto de Macapá. Hélio me contou em 1995.
Aconteceu no dia 23 de janeiro de 1958, quando esperávamos o avião da Cruzeiro, na época um DC-3, que levaria para o Rio de Janeiro o corpo do deputado Coaracy Nunes, morto dois dias antes num desastre de avião no Carmo do Macacoari.
Havia muita gente no aeroporto e a tristeza era geral. Quando o avião estacionou, o Jomar Tavares (que quando morou por aqui foi jogador, juiz e técnico de futebol) conversava com mais dois na minha frente. De repente ele se espantou ao reparar o prefixo do avião: PP-CCM.
Tomado de superstição, ele apontou para a aeronave, avisando a seus parceiros que muita coisa ruim poderia acontecer ao Território. É que já ouviu falar que coisa boa não acontece quando uma tragédia pode ser reproduzida por um grupo de letras que, coincidentemente, se tornem visível no momento.
E tornou a mostrar o prefixo do aparelho. “Não estou te entendendo, Jomar, que é que tem a ver o futuro do Território com o prefixo do avião“, disse um dos amigos. Jomar segurou o amigo pelo braço e explicou: O prefixo do avião é PP-CCM, que em linguagem aeronáutica significa “Papa Papa – Charlie Charlie Mike“, mas o diabo que pode significar também: PUTA PARIU – COARACY CAIU MACACOARI.