MPF pede indenização de R$ 70 bilhões aos consumidores do Amapá por apagão de 2020

O Ministério Público Federal (MPF) entrou com ação para responsabilizar empresas e órgãos públicos pelo apagão de novembro de 2020 no Amapá, que durou 21 dias e afetou mais de 660 mil pessoas no auge da pandemia. O órgão pede indenização de quase R$ 70 bilhões por danos morais e sociais.
Imagem: Canva
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São réus na ação a União, a Aneel, o ONS, a LMTE, a CEA, a EPE e suas controladoras. O MPF aponta falhas na manutenção da Subestação Macapá, omissão na fiscalização e descumprimento de normas de segurança, o que agravou o colapso energético. O apagão comprometeu serviços essenciais, como abastecimento de água, telecomunicações e saúde, além de causar prejuízos ao comércio.

O MPF também solicita o bloqueio de parte do orçamento da União e da EPE a partir de 2025, além do depósito imediato de R$ 70 milhões pela LMTE.

“A ação busca responsabilizar todos os envolvidos e garantir que a população do Amapá seja devidamente reparada pelos danos sofridos”, afirmou a procuradora da República Sarah Teresa Cavalcanti de Britto, então titular da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão.

Confira a íntegra da ação

A CEA Equatorial se manifestou sobre o caso por meio de nota, afirmando que não teve responsabilidade no apagão de 2020.

Veja nota na íntegra

A CEA Equatorial tomou conhecimento do ajuizamento de uma Ação Civil Pública pelo Ministério Público Federal pretendendo indenização por danos decorrentes do evento conhecido como “Apagão do Amapá”, ocorrido em 03/11/2020.

Sobre esse episódio, a CEA Equatorial reitera que em nada contribuiu para o evento ocorrido, pois como foi amplamente divulgado à época, o referido apagão foi ocasionado em virtude de uma falha no sistema de responsabilidade da Transmissora, que derrubou o único ponto de suprimento de energia ao Amapá do Sistema Interligado Nacional – SIN, deixando a CEA Equatorial sem o recebimento da energia para distribuir aos consumidores amapaenses.

Nesse contexto, a companhia está à disposição do MPF e da Justiça e acredita que, ao final do processo, será provada sua completa ausência de responsabilidade no caso.

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