Composta por mais de 300 representantes, a comitiva reúne indígenas, quilombolas, gestores públicos, pesquisadores, cientistas, jornalistas, professores, estudantes, empreendedores da bioeconomia, agentes culturais e representantes da sociedade civil. Da floresta à academia, o grupo marca presença com a diversidade do povo amapaense e conquista destaque nesta edição da COP, sendo o Amapá — ao lado do Pará — o único estado com estande próprio no evento.
Com os olhos do mundo voltados para a Amazônia, o Amapá se apresenta como uma vitrine de uma nova era econômica alicerçada no desenvolvimento sustentável, com forte apelo aos negócios verdes que impulsionam a bioeconomia em escala global. Já em solo paraense, a comitiva amapaense busca compartilhar experiências e informações que fortaleçam a expansão de iniciativas éticas, inovadoras e ambientalmente responsáveis.
“A COP30 nos permite trabalhar e compartilhar experiências, ideias e inovação com cerca de 160 países de economias diferentes, o que possibilita o surgimento de alternativas econômicas sustentáveis e soluções inovadoras. O Amapá, como estado mais preservado do Brasil, busca investimentos para manter a conservação de suas florestas, aliando preservação e desenvolvimento sustentável”, destacou Gutemberg Silva, coordenador do comitê da COP30.
O secretário de Tecnologia da Informação, Edvan Andrade, reforçou que o Amapá demonstra na COP30 a força de seu ecossistema de ciência e inovação, integrando conhecimento, sustentabilidade e soluções para o presente e o futuro da Amazônia.
“Para apresentar suas iniciativas inovadoras, a delegação da Secretaria de Tecnologia da Informação veio à COP com 60 pessoas e 37 organizações, entre instituições de Ciência e Tecnologia, empresas e startups. Todas estão orientadas a buscar investidores e parcerias nacionais e internacionais para fortalecer negócios, gerar riquezas e empregos, sempre com uso responsável dos recursos naturais. Queremos mostrar ao mundo que é possível desenvolver e manter a floresta viva para o futuro”, afirmou o secretário.
A COP da Amazônia
A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) começa nesta segunda-feira (10) e segue até 21 de novembro de 2025, em Belém (PA). Pela primeira vez realizada na Amazônia, a conferência reúne lideranças mundiais, cientistas, representantes de governos, empresas, organizações e sociedade civil para debater soluções concretas diante da crise climática.
Com cerca de 73,5% de seu território sob proteção ambiental — entre unidades de conservação, terras indígenas e quilombolas — o Amapá busca reafirmar seu papel estratégico no equilíbrio climático global, mostrando que é possível unir conservação ambiental, inovação tecnológica e desenvolvimento social.
A participação do estado é resultado de um esforço conjunto entre órgãos estaduais, como as fundações de Amparo à Pesquisa (Fapeap) e de Promoção de Políticas de Igualdade Racial (Fundação Marabaixo), o Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (Iepa), e as secretarias de Ciência, Tecnologia e Inovação (Setec), Cultura (Secult), Meio Ambiente (Sema), Planejamento (Seplan), Povos Indígenas (Sepi), Juventude (Sejuv), Educação (Seed), Relações Internacionais e Comércio Exterior (Amapá Internacional) e a Agência de Desenvolvimento Econômico (Agência Amapá). Todas atuam de forma integrada na elaboração e apresentação de projetos que evidenciam o compromisso do Amapá com o futuro sustentável da Amazônia.





