Governos do Amapá, Suriname e Guiana Francesa discutem criação de observatório transfronteiriço para monitoramento de bacias hidrográficas amazônicas

De 31 de outubro a 2 de novembro, o Governo do Amapá participou da 2ª Conferência de Águas do Bio-Plateaux em Paramaribo, no Suriname. O encontro reuniu delegações do Amapá, Guiana Francesa e Suriname, que firmaram a intenção de criar um observatório transfronteiriço para monitoramento das bacias hidrográficas amazônicas.
Foto: Divulgação/Secom GEA
Foto: Divulgação/Secom GEA

O evento abordou ações de conservação dos rios Oiapoque e Maroni, focando no intercâmbio de iniciativas entre os países e no combate à estiagem que afeta o Suriname. As discussões também abordaram a bioeconomia da região e os impactos das mudanças climáticas em preparação para a COP da Amazônia, que ocorrerá em 2025 em Belém (PA).

O observatório transfronteiriço visa centralizar ações de educação ambiental e promover o compartilhamento de informações para enfrentar desafios hídricos e de biodiversidade na região. “O observatório será o amadurecimento do projeto Bio-Plateaux, com uma estrutura que garantirá a continuidade das ações”, explicou o secretário de Relações Internacionais e Comércio Exterior, Fabrício Penafort.

Dentre as contribuições do Amapá, destaca-se o 1º Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Araguari, responsável pela proteção de uma área que envolve 11 municípios. “Apresentamos diversas ações de desenvolvimento sustentável das bacias hidrográficas, com o objetivo de atrair investimentos para novas tecnologias e fomentar atividades econômicas sustentáveis”, comentou Fabrício Borges, coordenador de Gestão de Recursos Hídricos.

O evento internacional também contou com a participação de secretarias e instituições do Amapá, visando fortalecer as políticas de preservação ambiental e as pautas indígenas. Sônia Jeanjacque, secretária dos Povos Indígenas, destacou o espaço de diálogo sobre as águas e o impacto das mudanças climáticas, afirmando: “Discutimos formas de enfrentar essas mudanças conforme o conhecimento e a tradição dos povos indígenas”.

A conferência abordou temas como a conexão entre energia e água, desafios na gestão de recursos hídricos, biodiversidade e bioeconomia. A programação incluiu representantes da Companhia de Água e Esgoto (Caesa), Agência de Regulação de Serviços Públicos (Arsap), Secretarias de Meio Ambiente (Sema), Povos Indígenas (Sepi), Relações Internacionais e Comércio Exterior (Secricomex), além da Fundação de Amparo à Pesquisa (Fapeap) e Universidade do Estado do Amapá (Ueap).

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