A clara e descompensada tentativa do Santos Futebol Clube de interferir externamente na Federação Amapaense de Futebol (FAF), via Justiça comum, atropelando, assim, o Estatuto da instituição, sobretudo, das entidades máximas do futebol – Federação Internacional de Futebol (Fifa) Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) e da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) – ainda vem causando ranhuras significativas em sua imagem.
Além da nota do manifesto da CBF, favorável à atual gestão da FAF, da nota de desagravo dos clubes profissionais e não profissionais e de ligas desportivas do esporte no Amapá, da mensagem de repúdio e apoio do senador Davi Alcolumbre a Netto e Roberto Góes, entre outros, o presidente da Federação Gaúcha de Futebol (FGF), Luciano Hocsman, também abominou a atitude do Peixe da Amazônia. Hocsman, através de ofício encaminhado à FAF, condenou o que chamou de “recorrentes interferências externas, notadamente pela via judicial, nas entidades de administração de desporto ocorridas nos últimos tempos”. O presidente completou afirmando que a segurança jurídica das instituições deve ser preservada, assim como a estabilidade do sistema federativo do futebol brasileiro. E foi taxativo ao dizer que “toda e qualquer tentativa de interferência externa deve ser rechaçada
Cartão vermelho para a interferência externa
A CBF esclarece que o Santos Futebol Clube deixou claro o desejo de interferir externamente na gestão da Federação de Futebol do Amapá (FAF), violando o artigo 154, parágrafo único do Estatuto da CBF, artigo 19 e 58 do Estatuto da Fifa e artigo 67 de Conmebol.
Reafirma, ainda, que não existe qualquer tipo de irregularidade referente à FAF e sua diretoria. “Importante destacar que os processos eleitorais da entidade foram convocados e realizados, sem que se tenha notícia de qualquer vício ou impugnação por parte do próprio Clube, que, inclusive, compareceu e tomou conhecimento da eleição da atual diretoria. E que participou das competições, recebeu e foi gestor de recursos públicos repassados pelo Governo do Estado do Amapá, através da Secretaria de Desporto e Lazer, (Sedel), destinados aos clubes do Amapá”.
A Federação de Futebol do Amapá ratifica que está à disposição para qualquer esclarecimento aos apreciadores do futebol, ao Tribunal de Justiça Desportiva (TJD), ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e à Justiça do Amapá.
Santos fazendo escola
Por meio de ofício, o Departamento de Competições e de Governança e Conformidade da CBF confirmou, nesta quinta-feira, 18, que o Real Desportivo Ariquemes Futebol Clube, de Rondônia, pelo mesmo motivo de interferência externa jurídica à Federação de Futebol do Estado de Rondônia (FFER), a exemplo do Santos amapaense, está sem condições de disputar competições nacionais.